A Polícia Civil pediu o indiciamento dos policiais militares que participaram de uma ação realizada em janeiro deste ano na comunidade do Vidigal, em São Conrado, Zona Sul do Rio, que resultou na morte de quatro pessoas. Eles foram indiciados por quatro homicídios dolosos e uma tentativa de homicídio – o nome dos PMs não foi divulgado.
Na época, moradores postaram um vídeo nas redes sociais – no registro, é possível ver os quatro PMs na caçamba de um carro da polícia, todos armados com fuzis. Um deles usava uma touca ninja. Os policiais apontaram para o alto e atiraram.
Os quatro PMs indiciados são da Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Os policiais alegaram que foram à comunidade checar uma informação do Disque Denúncia de que bandidos preparavam uma invasão em retaliação à prisão de um traficante no mesmo dia.
Mortos:
- Marcos Guimarães da Silva
- Ivalindo Moura de Souza
- Claudio Henrique Nascimento Oliveira
- Douglas Rafael Assunção
Segundo a polícia, Marcos havia sido condenado por tráfico, roubo e corrupção de menores. No entanto, em janeiro ele trabalhava como entregador em um supermercado do Leblon e também em uma barraca na praia.
Segundo parentes, Marcos chegava do trabalho quando foi baleado pela polícia.
A família do porteiro Claudio Henrique diz que ele foi executado pela PM. Claudio era casado e deixou um filho de um ano, o Rian. Ele trabalhava em um prédio em Ipanema onde teve a carteira assinada em setembro de 2018. Ganhava pouco mais de um salário mínimo. A folha de ponto mostra que em janeiro trabalhou quase todos os dias.
Três PMs que participaram da ação foram ouvidos na Divisão de Homicídios – a polícia fez uma reconstituição na comunidade uma semana após a ação.
Via: G1
