Comunidade de Mesquita foi duramente castigada pelas chuvas fortes dessa semana .
Um pedido de socorro. É o que define a atual situação dos moradores da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, que sofreu perdas por causa do alagamento causado pelo enchimento do Rio Sarapuí, que corta a localidade.
Muita gente que mora às margens do Rio Sarapuí perdeu tudo. E quem mora ali há bastante tempo diz que por mais que esse problema seja recorrente quando chove, nada acontece. Flávia é presidente da ONG Deus quer te ver sorrindo, que atende cerca de 150 crianças por dia da localidade. Ela teve que passar pela tristeza de ver doações perdidas e a estrutura da instituição destruída pela lama e faz um apelo:
“Nós estamos pedindo socorro ao Governo do Estado. As pessoas que moram ali não têm como sair da beira do Rio, e ao mesmo tempo recebem o carnê de IPTU. O Rio já chegou a seu limite. É preciso fazer o desassoreamento do Rio Sarapuí”, relata Flávia Rosana, presidente da ONG.
Flávia também relata que o presidente do Instituto Estadual do Ambiente, o INEA, mandou máquinas de drenagem, porém para um bairro vizinho.
“Foram mandadas máquinas de drenagem lá para o bairro BNH, por onde o Rio Sarapuí também passa. Mas lá a situação não foi tão crítica quanto aqui na Chatuba, onde as pessoas tiveram que ser resgatadas de bote, com água chegando na cintura. Esse cenário de vulnerabilidade não pode permanecer”, diz ela.
“Foram mandadas máquinas de drenagem lá para o bairro BNH, por onde o Rio Sarapuí também passa. Mas lá a situação não foi tão crítica quanto aqui na Chatuba, onde as pessoas tiveram que ser resgatadas de bote, com água chegando na cintura. Esse cenário de vulnerabilidade não pode permanecer”, diz ela.
“Tudo de ruim deságua na Chatuba”
O Rio Sarapuí é extenso. Ele passa também por Realengo, na Zona Oeste, onde há uma fábrica de isopor. Os moradores contam que todo esse isopor vem pelas águas do rio e para na Chatuba, o que dificulta mais ainda a situação e favorece as enchentes.
“Além de todo o lixo que já é jogado aqui no rio, também tem o isopor de uma fábrica que vem lá de Realengo. Tudo que é ruim deságua aqui na Chatuba. O dia que morrer alguém aqui, aí sim eles vão dar jeito”, disse um morador.
O momento agora é de recuperar aquilo que foi levado pelas enchentes. Flávia segue em frente com o projeto e segue sua jornada. Ela pede doações, mas também pede em nome de todos os moradores da Chatuba uma mudança imediata na realidade vivida pelos moradores daquela localidade.
“Nós precisamos muito de doações. Mas também precisamos, e muito, que o governo do Estado e o INEA façam alguma coisa para mudar de uma vez por todas a situação da Chatuba. Com a doação nós suprimos as necessidades naquele momento. A mudança vai fazer a situação mudar de modo geral. O Rio Sarapuí já chegou ao seu limite”, diz Flávia.
A ONG Deus quer te ver sorrindo fica na rua Rio Sarapuí, 281. Para mais informações sobre a instituição e como realizar doações, basta entrar em contato com o número (21) 99445-0162.