Dois alunos foram esfaqueados por um colega dentro de um colégio particular em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira (10). Um deles teve o pulmão perfurado e o outro foi ferido na mão.
De acordo com a polícia, o batalhão da área foi chamado por volta das 11h para atender a uma briga entre estudantes no Colégio de Aplicação Luso Carioca, que fica na Avenida Paris, uma das principais ruas do bairro.
O Corpo de Bombeiros foi fazer o atendimento. O adolescente atingido no pulmão foi levado para o Hospital Getúlio Vargas e outro estudante atingido na mão foi socorrido no local e liberado.
O que se sabe sobre o ataque
As versões sobre o que teria acontecido na escola e motivado o ataque ainda estão desencontradas. Segundo a corporação, o estudante agressor levou uma faca para a instituição após reportar episódios de bullying. O advogado do colégio nega que a motivação do crime tenha sido essa.
De acordo com uma testemunha que estava na escola, o adolescente que esfaqueou os colegas de turma teria oferecido uma bíblia a um deles e perguntado se ele acreditava em Deus. O colega teria dito que sim. Ele teria, respondido então: “Que bom, porque você vai ver Deus”, e tirado a faca da bíblia e esfaqueado a mão do colega de turma. O outro adolescente atingido teria tentado conter a agressão.
Um dos adolescentes foi ferido nas costas, teve o pulmão perfurado e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. O outro jovem, de 16 anos, foi atingido na mãe, atendido no local pelo Corpo de Bombeiros e liberado.
“Falaram que ele [o esfaqueador] estava em discordância com o outro, e meu filho não tinha nada a ver, meu filho estava sentado. Eu nem vi meu filho ainda, vim direto para a delegacia, por enquanto eu não tenho notícia nenhuma. “, disse Ronaldo Bezerra, o pai do menino atingido nas costas por uma facada, ao sair da 21ª DP.
O pai do adolescente agressor também esteve na 21ª DP na tarde desta terça-feira, mas não falou com a imprensa.
“A primeira preocupação do colégio foi dar assistência a todas as família. A ideia é prestar assistência e entender o que aconteceu, ele não tem histórico oficial de qualquer distúrbio e não há nenhum registro no colégio de que haja qualquer tipo de bullying ou perseguição a ele. Foi aberta uma sindicância interna para apurar o acontecido”, disse Márcio Lobianco, advogado da escola.
O colégio informou ainda que nega veementemente a hipótese de bullying e que o ataque aparentemente aconteceu sem motivação.
Via: G1