Em 2004, quando a lona cultural Sandra de Sá foi inaugurada, os moradores de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, estavam em festa. Hoje, nada lembra a programação de shows, cursos e eventos que aconteciam no local.
O espaço, com capacidade para receber 300 pessoas e que costumava ser palco de artistas com espetáculos de teatro, música e dança, está marcado pelo abandono. Portões quebrados, partes das cercas ao redor da lona arrancadas e as salas, onde aconteciam cursos de capacitação, vazias.
Segundo os moradores, desde 2018, não há funcionários trabalhando. Segundo eles, o último zelador foi embora por falta de pagamento. Os únicos espaços que ainda funcionam na lona cultural são a sala de jiu-jítsu e a biblioteca. Os dois, mantidos pelos moradores.
Fabrício Ferreira, instrutor da arte marcial, lidera uma turma de crianças de 6 a 12 anos no espaço com a ajuda dos pais dos alunos. ‘Aqui é meio que um projeto social. A gente pede ajuda dos pais para manter a sala, como a gente não tem ajuda de fora’, afirma Fabrício.
Já Márcia Ribeiro toma conta da biblioteca como voluntária.
‘A biblioteca só está conservada do jeito que está aqui ainda porque eu olho. É um espaço que eu gosto, tenho muito respeito, acho que todos deveriam respeitar, mas eu gostaria que as autoridades competentes, responsáveis, olhassem mais para o espaço, olhasse para a gente com mais carinho, com mais respeito que a gente está precisando’, conclui.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, equipes fazem obras e reparos na biblioteca e nos entornos do espaço, e que as atividades serão retomadas assim que os trabalhos forem finalizados na lona cultural de Santa Cruz.
Via: G1