A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) divulgou, nesta quinta-feira que não houve sabotagem ou infração penal na captação e distribuição de água da Cedae. Segundo a corporação, o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público.
Em fevereiro, o ex-presidente da companhia, Hélio Cabral, informou que a concessionária abriu dois procedimentos apuratórios sobre a qualidade da água distribuída. Na época, ele informou que a Polícia Civil iria apurar a possibilidade de uma sabotagem. A hipótese foi levantada pelo governador Wilson Witzel, no início de fevereiro.
A crise no abastecimento teve início em janeiro, quando a população de diversos bairros da capital do Rio e da Baixada Fluminense passou a notar que a água que chegava às casas estava com gosto e cheiro de terra. Em resposta, a empresa emitiu um comunicado afirmando que a água havia passado por testes laboratoriais e era considerada ideal para o consumo. Ainda segundo a Cedae, a causa da mudança no sabor, no cheiro e na cor era geosmina, substância encontrada no solo e em algas, que não causa danos a saúde.
Após os problemas com a geosmina, a Cedae passou a utilizar carvão ativado para tratar a água que era distribuída para as residências. Logo na primeira semana de fevereiro, os consumidores passaram a sentir gosto de detergente e a empresa constatou, por meio de análise laboratorial, a presença do material na água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu. O fornecimento chegou a ser interrompido por conta do problema.
Via: O Dia