Rio – O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, prevê que a crise mais intensa do coronavírus no Rio aconteça entre 2 e 4 semanas. Em seguida, com a chegada do inverno, a epidemia deve se estender até completar cinco meses, quando o contágio deve começar a diminuir. Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estimou que o país viverá cerca de 20 semanas “duras” por causa do surto.
“As secretarias municipais e estadual vão acelerar o processo de preparação para a crise, que deve começar provavelmente daqui a 2 ou 4 semanas de uma maneira mais intensa”, disse o secretário estadual saúde do Rio em entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
“A gente está trabalhando com horizonte de 4 mil a 10 mil casos aqui no Rio de Janeiro. E pra isso a gente tem se preparado, vamos abrir de 300 a 600 leitos novos. A rede privada está organizada com a gente. Vamos fazer um enfrentamento comprometido”.
A pasta estadual confirmou na manhã desta quinta-feira os dois primeiros casos de transmissão local do coronavírus no Rio de Janeiro. Até então, os contaminados no estado haviam se infectado durante viagens à Europa.
“Passamos para o nível 1 do Plano de Contingência e aceleramos o processo de preparação para o pico da epidemia, que prevê a disponibilidade de 206 leitos exclusivos para tratamento de casos graves de pessoas infectadas em hospitais espalhados pelas diversas regiões, incluindo unidades municipais e federais, além da rede estadual”, explicou o secretário.
O secretário alerta que não há motivo para pânico. O vírus não está circulando livremente, mas de uma maneira localizada. A primeira transmissão no Rio aconteceu em um congresso médico. O homem de 72 anos contraiu o vírus no evento e contaminou a esposa. Os dois estão em isolamento domiciliar e apresentam estado de saúde estável.
A recomendação do secretário de Saúde é de que as pessoas mais sensíveis ao vírus mudem os hábitos e evitem locais com aglomerações de pessoas, como metrôs, trens, cinemas e estádios de futebol. As pessoas mais sensíveis são: idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares. “Entre 80% e 85% dos casos serão uma gripe comum”, disse o secretário.
Fonte: O Dia