Jornal Povo

Família e amigos se despedem do ex-ministro Gustavo Bebianno em Teresópolis, no RJ

O corpo do ex-ministro de Jair Bolsonaro e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, foi enterrado neste sábado (14) no Cemitério Municipal Carlinda Berlim, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio.

Bebianno estava em seu sítio, com seu filho. Ele passou mal e sofreu uma queda. O ex-ministro morreu logo após ser levado ao hospital. Segundo a Polícia Civil, o laudo apontou que a causa da morte foi infarto fulminante.

Viaturas da Polícia Militar fizeram um esquema de segurança no cemitério onde foi realizado o sepultamento do ex-ministro. A imprensa não foi autorizada a entrar.

Entre os familiares e amigos, estava o presidente do PSDB no Rio e amigo de Gustavo Bebianno, Paulo Marinho.

O governador de São Paulo, João Doria também compareceu à despedida ao ex-ministro.

Em uma rede social, Doria compartilhou uma mensagem lamentando o falecimento de Bebianno.

“Com profundo pesar recebi a notícia da morte de Gustavo Bebianno. Seu falecimento surpreende a todos. O Rio perde, o Brasil perde. Bebianno tinha grande entusiasmo pela vida e em trabalhar por um País melhor. Meus sentimentos aos familiares e amigos nesse momento de dor”, publicou o governador de São Paulo.

No último dia 5, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a pré-candidatura de Gustavo Bebianno à Prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o partido, o lançamento oficial da candidatura seria em 4 de abril, na capital fluminense.

Governador de São Paulo, João Doria comparece ao enterro do ex-ministro Gustavo Bebianno em Teresópolis, no RJ — Foto: Lucas Machado/Inter TV RJ
Governador de São Paulo, João Doria comparece ao enterro do ex-ministro Gustavo Bebianno em Teresópolis, no RJ — Foto: Lucas Machado/Inter TV RJ

Gustavo Bebianno tinha 56 anos e deu entrada durante a madrugada deste sábado no Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO). Segundo a unidade, o ex-ministro já chegou ao hospital com parada cardiorrespiratória.

A equipe de atendimento tentou a manobra de ressuscitação, sem êxito. O corpo foi encaminhado para o IML da cidade.

Familiares e amigos do ex-ministro Gustavo Bebianno no IML de Teresópolis, para onde corpo foi encaminhado neste sábado — Foto: Marcelo Santos/Inter TV RJ
Familiares e amigos do ex-ministro Gustavo Bebianno no IML de Teresópolis, para onde corpo foi encaminhado neste sábado — Foto: Marcelo Santos/Inter TV RJ

O delegado Vinícius Galhardo explicou que, apesar de ter sido infarto, o corpo foi levado para o IML por conta de uma lesão no rosto.

“Num procedimento desse, o corpo seria liberado no próprio hospital. O problema é que, como ele estava com uma lesão no rosto, por conta do tombo, o médico ligou para a delegacia e sugeriu a remoção para o IML. Isso é mais do que comum. Para evitar qualquer questionamento, eu determinei a remoção para que fossem feitos os exames e sanar qualquer tipo de dúvida. O exame já foi feito. O laudo apontou infarto fulminante”, disse o delegado.

O ex-ministro Gustavo Bebianno, em foto de outubro de 2018 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O ex-ministro Gustavo Bebianno, em foto de outubro de 2018 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O delegado informou ainda que Bebianno estava com o filho no momento em que ocorreu.

“Eles tinham acabado de jantar e ele reclamou de dores no peito. Eles acharam que fossem gases. Tomou remédio para gases e foi deitar. Por volta das duas e meia, três da manhã, ele novamente chamou o filho, dizendo que as dores estavam aumentando. Tomou novamente remédio para gases e aí foi ao banheiro. O filho ouviu um barulho forte, correu para o banheiro e ele tinha caído. Se machucou porque ele caiu com o rosto no box de vidro, por isso a lesão”, explicou o delegado Vinicius Galhardo.

Além de líder do PSL, Bebianno ocupou a Secretaria-Geral da Presidência durante um mês e 18 dias. Ele foi o pivô da primeira crise política do governo Bolsonaro, gerada pela suspeita de que o PSL fez uso de candidatura “laranja” nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas. Ele sempre negou irregularidades.

O ex-ministro afirmou na época que foi demitido do cargo pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ)filho de Jair Bolsonaro. Ele disse ter “amor” e “afeto” pelo presidente e declarou não ter dúvida de que o governo Bolsonaro “será um sucesso”.

Fonte: G1