A prefeitura do Rio confirmou, na tarde desta quarta-feira (18), que o Riocentro terá um hospital de campanha com pelo menos 500 leitos para atender pacientes que precisam de cuidado médico, mas não estão com coronavírus. A ideia é desafogar as demais unidades municipais para que recebam pacientes infectados pelo Covid-19.
“A nossa expectativa é de que, por conta do número que vem crescendo intensamente, a gente possa tirar [dos leitos hospitalares e trazer para o Riocentro] os pacientes que precisam de um cuidado médico, mas não estão com o coronavírus. Neste caso, eles vêm para cá e vão receber todo o acompanhamento médico e toda a estrutura”, explicou o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.
O espaço, em Jacarepaguá, na Zona Oste do Rio, receberá apenas os pacientes da rede municipal que necessitam ou se recuperam de cirurgias eletivas ou que estão em tratamento, mas não têm coronavírus.
Um gabinete de crise foi montado no local com equipes das secretarias de Ordem Pública e Infraestrutura e municipal de Saúde, que trabalham na organização e mapeamento de todas as necessidades de insumos e logística para o funcionamento do hospital de campanha.
Órgãos federais e estaduais também dão apoio ao trabalho.
“Já solicitamos ao Governo Federal que possa nos enviar, por meio do Programa Mais Médicos, mais 400 médicos para estarmos prontos para atender toda essa demanda que, sem dúvida nenhuma, a Secretaria Municipal de Saúde já vem se preparando”, completou o secretário Gutemberg Fonseca.
Infectados no RJ
O estado do RJ tem até esta quarta 49 casos confirmados da doença – 42 na capital, 6 em Niterói e 1 em Barra Mansa – e cerca de 800 suspeitos. A expectativa é de crescimento do número de casos, principalmente no RJ e em SP.
Um dos pacientes infectados permanece internado em estado grave e apresenta disfunções respiratória e renal. Os demais estão em isolamento domiciliar e têm quadro estável.