Os estrangeiros Fernando Pacheco e Michel Araújo foram as grandes apostas do Fluminense para 2020. Únicos reforços que o clube desembolsou dinheiro na janela de transferências, os dois custaram aos cofres tricolores aproximadamente R$ 2,8 e R$ 3,3 milhões, respectivamente, e chegaram rodeados de expectativas dos torcedores.
E neste começo de história com a camisa tricolor, quem já conseguiu mostrar serviço foi o peruano. Muito, é verdade, pelas oportunidades. Enquanto Pacheco virou uma espécie de 12º jogador do técnico Odair Hellmann, Araújo foi pouco aproveitado.
Até a paralisação devido à pandemia do novo coronavírus, o atacante jogou oito partidas, sendo duas como titular, e atuou por 324 minutos. Tempo suficiente para dar duas assistências e marcar um gol – na vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, pela Taça Rio, na última vez em que o Fluminense foi a campo.
Quando acionado, Pacheco joga aberto pelos lados, principalmente pelo direito, apesar de ter se destacado mais pelo esquerdo no início deste ano, quando disputou o Pré-Olímpico pela seleção peruana sub-23. No clássico contra o Vasco, acabou sendo testado um pouco também pela esquerda.
Já o uruguaio foi testado apenas em três jogos: na derrota por 1 a 0 para o Boavista e nos empates com o La Calera (em 1 a 1 e 0 a 0). Em todos, ele foi chamado do banco depois dos 15 minutos da segunda etapa, somando ao todo 78 minutos em campo (quatro vezes menos do que Pacheco). Com menos tempo do que uma partida completa, ele ainda não conseguiu mostrar muito aos torcedores, que gostariam de ver o uruguaio mais tempo em campo para mostrar serviço.
Desde sua estreia, contra o Boavista, o uruguaio ficou fora dos relacionados em três partidas: Flamengo, pela semifinal da Taça Guanabara, Madureira, pela 1ª rodada da Taça Rio, e Botafogo-PB pela 2ª fase da Copa do Brasil. Nas últimas duas por conta de uma virose, mas no Fla-Flu por opção de Odair.
Por característica, Michel Araújo tende a render mais no meio de campo, como armador. O problema é que na posição a concorrência é forte: Nenê, Ganso e Marcos Paulo, outro que atuou bem na função. Outra opção seria jogar aberto pela direita, onde a concorrência também é grande: além do próprio Fernando Pacheco, Wellington Silva, Caio Paulista e até Matheus Alessandro, que está um pouco “esquecido”, podem jogar por ali.
Fonte: Globoesporte