Tudo como antes na folha salarial do Flamengo. Pelo menos, no que se refere ao mês de março, que cairá na conta de elenco e funcionários do departamento de futebol até o quinto dia útil de abril.
Em meio a movimentação de clubes no sentido da redução de parte do pagamento por conta da paralisação do calendário para combater o coronavírus, o Rubro-Negro bateu o martelo que não tomará medidas imediatas. Com férias coletivas anunciadas, a diretoria monitora a atualização das autoridades a respeito da pandemia, mas já discute a possibilidade caso os efeitos no futebol se prolonguem além de abril.
Há um consenso no clube de que o momento é de paciência para evitar precipitação. Até o momento, nenhum jogador ou membro da comissão técnica foi procurado para discutir a possibilidade e o desejo do Flamengo é ganhar tempo para avaliar todas as alternativas até o fim das férias.
Sem acordo entre a Comissão Nacional de Clubes e o Sindicato dos Jogadores para uma decisão coletiva, as negociações serão individualizadas. Desta maneira, o Flamengo estuda cada passo no sentido de evitar um desgaste antes que se tenha uma estimativa mais palpável de quando o calendário retomará as atividades.
Entre os clubes da Série A do Brasileirão, o Fortaleza e o Atlético-MG foram os primeiros a confirmarem a redução de 25% da folha salarial durante o período de inatividade. Na Europa, o cenário é ainda mais impactante, e os jogadores do Barcelona abriram mão de 70% dos vencimentos para que os funcionários recebam de forma integral.
Internamente, o Flamengo tem a percepção de que o movimento será inevitável a medida que não há sequer perspectiva do retorno do futebol sul-americano antes do final de abril. Por outro lado, tenta retardar a decisão em busca de um cenário mais fidedigno que possa indicar rumos.
Antes mesmo de oficializar as férias dos jogadores até o dia 20 de abril, o Rubro-Negro já tinha emitido comunicado interno prevendo a volta das atividades no Ninho do Urubu para o dia 21. Com as atualizações recentes do Ministério da Saúde a respeito da curva de contaminação do coronavírus no Brasil, entretanto, há pessimismo de que a data seja cumprida.
Por mais que esteja em situação financeira equilibrada, o Flamengo entende que os efeitos da pandemia vão muito além do futebol e é inviável adotar uma posição definitiva diante dos riscos que cercam a economia mundial. Sendo assim, março será pago integralmente. E essa é a única certeza do momento.
Fonte: Globoesporte