Jornal Povo

Augusto Heleno divulga novo teste para coronavírus, com resultado negativo

BRASÍLIA – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, Augusto Heleno, divulgou na manhã desta terça-feira o laudo de um novo exame para detecção do novo coronavírus, desta vez com resultado negativo. Segundo a assessoria da pasta, o teste realizado na véspera apontou que o ministro está curado da doença, com a qual foi diagnosticado no último dia 18. Até o momento, no entanto, não se sabe se ele voltará ao Palácio do Planalto ainda nesta terça-feira ou na quarta-feira.

Segundo o laudo, o teste por meio de um “swab nasofaríngeo” foi feito pelo laboratório Sabin no Hospital DF-Star, da Rede D’Or, em Brasília, às 16h30 de segunda, e o resultado foi liberado às 23h40. 

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Na quarta-feira da semana passada, Heleno violou a quarentena a que foi submetido depois de contrair o novo coronavírus e esteve em reuniões no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e 11 ministros. No sábado, o GSI admitiu pela primeira vez que a ida de Heleno ao Planalto ocorreu por “um engano”, depois de ser autorizado por dois médicos a comparecer a uma reunião ministerial.

O ministro voltou ao trabalho sete dias depois de descobrir que estava com a Covid-19 – e não 14, como determina o protocolo do Ministério da Saúde.

Em nota, a pasta informou que o “General Heleno, depois de sete dias de afastamento total, foi autorizado, por dois médicos, a comparecer ao Planalto, para uma reunião ministerial”, mas não apontou as identidades dele.

“Dirigiu-se ao Palácio, sozinho, conduzindo seu próprio carro, e participou, por três horas, da reunião. Alertado, pelo Serviço de Saúde, de que houve um engano e que deveria permanecer mais sete dias em isolamento, retornou a sua residência, e, de lá, não mais saiu. Permanece, desde então, em regime de home office”.

Ele participou de uma videoconferência com governadores da região Sudeste, iniciada às 9h, ao lado de Bolsonaro, Mourão e dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Fernando Azevedo (Defesa), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Além deles, compareceram ao encontro os presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.

Fotos da reunião publicadas pelo Palácio do Planalto mostram que Heleno se sentou entre Pedro Guimarães e Jorge Oliveira, mas não participou de todo evento. Antes de sua chegada, outro integrantes do GSI ocupava a cadeira.

O ministro continuou reunido com Bolsonaro e auxiliares dele das 10h25 às 12h40, segundo a agenda oficial do presidente. Neste compromisso, o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, também participou.

A nota do GSI foi uma resposta de “repúdio” à nota “Irresponsabilidade contagiante”, do colunista Ascânio Seleme, do jornal O Globo. “Os servidores do Palácio do Planalto mudam de lado no corredor quando passam em frente ao gabinete do general Heleno, ministro da Segurança Institucional. Do seu pessoal de apoio direto, apenas os mais próximos entram na sua sala. Os da cozinha, fazem um sorteio (ou “azareio”?) para ver quem vai levar café e água para o ministro. O homem voltou ao trabalho uma semana depois de testar positivo, desobedecendo a mais trivial recomendação médica, afastamento e isolamento por duas semanas do portador do coronavírus para não contaminar outros”, escreveu o jornalista.

Na sexta-feira passada, Heleno avisou no Twitter que concluiria em casa os 14 dias de quarentena após contrair a Covid-19. “Não saio de casa. Fui ao Palácio, por 3 horas, autorizado pelos médicos”, escreveu o ministro, entre críticas a um jornalista. Na quarta, a assessoria do GSI informou que o general teve liberação médica para voltar a trabalhar.

Fonte: O Globo