Rio – Policiais da 55ª DP (Queimados) prenderam, nesta terça-feira, Lucas Ferrari Oliveira, de 22 anos, e Débora dos Santos, 35. O casal é suspeito de ter torturado a própria filha de apenas três anos, no município da Baixada Fluminense. Os dois possuem um longo histórico de agressões contra a menina.
De acordo com o delegado Claudio Vieira, titular da 55ª DP, a agressão mais recentes aconteceu no último dia 12 de março, quando Lucas chegou a quebrar o braço direito da criança, fazendo com que ela também perdesse três dentes. Na ocasião, a menina ainda teve muito sangramento na boca, ficou com o rosto inchado e as costas com marcas de queimadura de cigarro.
Ainda segundo o delegado, depois das agressões, a criança foi levada por uma tia para a UPA de Queimados. No entanto, por causa da gravidade de seu quadro de saúde, ela foi transferida para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna), em Duque de Caxias.
“Lá, foi realmente constatado que, além das agressões, ela sofria de desnutrição e maus tratos. O estado geral de saúde da menina era muito ruim”, conta Vieira.
EXPULSOS DE COMUNIDADE
Foi quando a investigação começou, com o delegado ouvindo vários familiares, que relataram estarem revoltados com as agressões que a menina já vinha sofrendo há pelo menos seis meses.
“O casal chegou a morar no Morro São Simão e a revolta dos vizinhos eram tanta, que os próprios traficantes do local expulsaram os dois. Eles avisaram que iriam matar o Lucas, caso eles não deixassem a comunidade”, diz o delegado.
Lucas e Débora foram capturados em outra região de Queimados. Ainda segundo o titular da 55ª DP, ela já teve diversas passagens pela polícia, já sendo condenada por furto.
“É um fato muito triste. A gente só pode reputar assim. Acho que ele deve pegar uma condenação grande, já que o crime de tortura não admite benefícios. Estamos terminando esse inquérito para relatar e mandar para a Justiça com pedido de prisão temporária pra ele ficar realmente preso e responder por esse bárbaro crime que cometeu contra a própria filha”, o delegado reforça.
Fonte: O Dia