Jornal Povo

Dólar sobe a R$ 5,26 e marca novo recorde de fechamento

O dólar subiu nesta quarta-feira (1º) e alcançou novo recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação). O clima permaneceu negativo nos mercados externos diante dos impactos da pandemia de coronavírus na economia e do número de mortos subindo em todo o mundo.

A moeda norte-americana foi vendida a R$ 5,2624 em alta de 1,28%. Na máxima, chegou a R$ 5,2750

Neste ano, o dólar já acumula alta de 31,24%.

Sem alívio

Mais uma vez, os mercados voltaram as atenções para os efeitos econômicos da atual crise de saúde, com dados pessimistas e sinais de aprofundamento na disseminação do vírus elevando a expectativa de uma recessão global, destacou a Reuters.

A atividade industrial da zona do euro entrou em colapso no mês passado, enquanto o setor privado norte-americano fechou, em termos líquidos, postos de trabalho em março pela primeira vez desde 2017.

Para analistas ouvidos pela Reuters, a perspectiva de recessão global e no Brasil mina chances substanciais de um alívio, ainda que de curto prazo, no câmbio.

“A moeda (o real) tende a se fortalecer quando a economia cresce. E dificilmente vamos ver o Brasil crescer neste ano”, disse William Castro, estrategista-chefe da Avenue Securities, em Miami.

Uma economia mais vibrante atrai investimentos estrangeiros para o setor produtivo e recursos para portfólio, o que amplia a oferta de dólar e tende a baixar o preço da moeda. Mas o mercado espera que o PIB do Brasil retraia 0,48% em 2020, contra expectativa anterior de crescimento de 1,48%, devido aos efeitos da pandemia.

Para Castro, somam-se a isso questões como a situação fiscal brasileira, o juro baixo (que oferece menor retorno ao investidor que abre mão de investidor em ativos em dólar) e persistentes ruídos políticos locais.

Atuação do BC

A pressão cambial forçou o Banco Central a intervir no mercado por meio tanto de venda de dólar à vista quanto por linhas de moeda e swaps cambiais. A posição cambial líquida do BC caiu quase US$ 15 bilhões em março sobre fevereiro (considerando dados do último dia 20), a maior queda mensal desde junho de 2018 (-US$ 37 bilhões).

A posição cambial líquida é composta pelas reservas cambiais menos estoque no mercado de instrumentos de atuação cambial. Ou seja, a queda neste mês dá ideia do maior grau de intervenção da autoridade monetária no câmbio.

“Ainda assim, acho que o BC poderia ter sido mais agressivo em alguns momentos”, afirmou Castro, da Avenue Securities, para quem inclusive nesta terça-feira a autarquia poderia ter atuado com mais força.

A partir desta quarta-feira, o Banco Central deu início à rolagem de contratos de swap cambial com vencimento em 4 de maio de 2020, totalizando US$ 4,9 bilhões. A autarquia vendeu todos os 10 mil contratos ofertados nesta sessão.

Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1
Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1

Fonte: G1

Attention Required! | Cloudflare

Sorry, you have been blocked

You are unable to access jornalpovo.com.br

Why have I been blocked?

This website is using a security service to protect itself from online attacks. The action you just performed triggered the security solution. There are several actions that could trigger this block including submitting a certain word or phrase, a SQL command or malformed data.

What can I do to resolve this?

You can email the site owner to let them know you were blocked. Please include what you were doing when this page came up and the Cloudflare Ray ID found at the bottom of this page.