Bancada de oposição ensaia voto contra, mas acabam convencidos e apoiam proposta do governo
Os vereadores da cidade de Mesquita se reuniram na manhã desta sexta-feira da Paixão, em sessão extraordinária, para apreciar um projeto de lei enviado pelo prefeito Jorge Miranda, que tratava de abertura de um crédito especial no orçamento, para garantir a viabilização de um convênio firmado pela prefeitura com o governo do estado, que proporcionará o recebimento de um recurso na ordem de R$ 28 milhões para reforma, construção e compra de medicamentros para a área de saúde do município.
A princípio, a sessão se tornou um palanque pré-eleitoral com os vereadores da oposição demostrando certo desconhecimento da matéria que seria votada, e do objeto do convênio, com a tentativa de aprovar emendas que pudessem desconfigurar o projeto de lei e inviablizar o convênio, e portanto, a entrada dos recursos no municipío.
O convênio assinado entre o município e o estado é bastante específico, e a verba nela previsto, se destina única e exclusivamente para as realizações já descritas no objeto, que são a reforma do antigo Hospital São José, a construção da Policlínica do Cosmorama e a conclusão das obras da Clínicas da Família.
Além disso, o convênio prevê a compra de equipamentos e material permanente para assegurar o funcionamento das novas unidades.
Para tentar impedir a aprovação do projeto, os vereadores oposicionistas chegaram a afirmar que na verdade o que pretendia o prefeito com o projeto, era desviar a destinação dos recursos para outros objetivos “Não sei o que esta por trás deste projeto. Quando falam em orçamento da Seguridade Social eu entendo que querem mexer no dinheiro do Mesquita Previ”, disse o vereador Leonardo Andrade durante discurso acalorado que mais parecia um comicio eleitoral.
“Gostaria até de votar a favor, mas pelo que estou entendendo, esse dinheiro vai acabar indo para as OS da saúde”, disse o vereador Vandinho da Grafica, demostrando uma certa confusão com tema.
“É uma vergonha, o governo deveria destinar dinheiro para compra de cesta básica para os alunos da rede municipal que estão em casa em razão da quarentena e não estão realizando as refeições na escola”, disse o vereador Marcelo Biriba atravessando o assunto.
” Não sei porque o governo não reabriu o Mario Bento como uma Unidade de Emergência 24horas e optou pelas clínicas da saúde. Eu acompanhei tudo de perto na época. Estava tudo certo para reabir o Mario Bento e depois mudou-se de ideia e não entendi porque”, disse a vereadora Cris Gemeas , ex-líder do governo Jorge Miranda na Câmara.
Coube ao vereador Roberto Emidio, relator da matéria, esclarecer os pontos controversos levantado pelos vereadores de oposição e discorrer sobre o que de fato versava o projeto.
O parlamentar esclareceu que o convênio entre estado e município era específico e que seu objetivo era claro.
“Trata-se de verba para reforma, construção e compra de equipamentos. Não podendo portanto ser realizado pagamento de pessoal, contratos de terceirização, aquisição de insumos, e nem tampouco cestas basicas”, disse.
O Vereador Sanclaer Ninho disse também, que a aplicação dos recursos quando repassados deverão ser acompanhados pelos vereadores e pela sociedade e que em caso de sobra de recursos, eles deverão ser devolvidos ao Estado.
Depois de três horas de acalorada e, às vezes teatral discussão, o projeto de lei foi provado por unanimidade, ou seja, apesar de questionarem os vereadores de oposição, acabam entendendo a importância da matéria.