Jornal Povo

Manual traz moldes técnicos para máscaras caseiras feitas em maquinário industrial ou semi-industrial

O Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai Cetiqt) publicou na quinta-feira (9) dois manuais técnicos para a produção de máscaras de pano para indústrias e fábricas de confecção.

O acessório é indicado como barreira física de prevenção à transmissão do novo coronavírus. As orientações de higienizar mãos com água e sabão, ou álcool em gel, continuam sendo as principais medidas para evitar a contaminação.

O manual completo pode serbaixado aqui.

De acordo com o manual do Senai, as máscaras podem ser produzidas com tecido de algodão, tricoline e TNT, que podem assegurar a proteção do rosto se forem bem desenhadas e higienizadas. O acessório precisa ser feito nas medidas corretas, para cobrir totalmente a boca e o nariz, ajustando ao rosto sem deixar aberturas laterais.

Além de indicar o tecido mais apropriado, o manual traz também as características que devem constar na embalagem utilizada para a comercialização, as máquinas utilizadas na produção, tipo de linha e como realizar a confecção.

Modelos para a produção

Modelo 1:

Máscara confeccionada no estilo retangular, em tamanho único — Foto: Divulgação/ Senai
Máscara confeccionada no estilo retangular, em tamanho único — Foto: Divulgação/ Senai
Máscara confeccionada no estilo retangular, em tamanho único — Foto: Divulgação/Senai
Máscara confeccionada no estilo retangular, em tamanho único — Foto: Divulgação/Senai
Corpo da máscara retangular  — Foto: Divulgação/ Senai
Corpo da máscara retangular — Foto: Divulgação/ Senai

Modelo 2:

Máscara confeccionada em tecido Meia Malha com elásticos nas laterais e nas alças — Foto: Divulgação/ Senai
Máscara confeccionada em tecido Meia Malha com elásticos nas laterais e nas alças — Foto: Divulgação/ Senai
Máscara confeccionada em tecido Meia Malha com elásticos nas laterais e nas alças — Foto: Divulgação/ Senai
Máscara confeccionada em tecido Meia Malha com elásticos nas laterais e nas alças — Foto: Divulgação/ Senai
Molde do corpo do modelo da máscara — Foto: Divulgação/ G1
Molde do corpo do modelo da máscara — Foto: Divulgação/ G1

Máscaras de algodão

Segundo o Senai, as máscaras caseiras produzidas com algodão são as mais eficientes como barreira de proteção contra o coronavírus. Esse material filtra aproximadamente 50% das partículas de tamanho semelhante ao Sars-Cov-2, traz maior conforto ao rosto e permite respirar mais fácil.

Com base em uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge sobre os testes de absorção de partículas por materiais domésticos, utilizados para a confecção de máscaras caseiras, o relatório aponta que produtos revestidos com algodão são mais eficientes para a proteção.

A máscara cirúrgica apresentou melhor desempenho, capturando 97% das bactérias de 1 mícron. No entanto, cada material filtrou pelo menos 50% das partículas.

Os melhores desempenhos foram:

  • a sacola do aspirador de pó (95%)
  • o pano de prato (83%)
  • tecido da camisa mista com algodão (74%)
  • camisa 100% de algodão (69%)

O teste inicial usou bactérias com 1 mícron de largura, mas o coronavírus é apenas 0,1 mícrons – dez vezes menor. Então os pesquisadores refizeram o teste com partículas de Bacteriófago MS2 de 0,02 mícron (5 vezes menores que o coronavírus).

Apesar do desempenho do pano de prato e a sacola de aspirador de pó, os pesquisadores escolheram os produtos 100% algodão como o material mais adequado para a utilização como máscara facial improvisada, por conta da respirabilidade. Eles são tão fáceis de respirar quanto as máscaras cirúrgicas, o que os torna mais confortáveis o suficiente para usar por várias horas.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que máscaras simples, feitas em casa, podem ser usadas por qualquer pessoa, como forma de diminuir o risco de contaminação. Ele também reforçou que as cirúrgicas, já em falta, devem ser exclusivas dos hospitais.

Especialistas reforçam que não há evidências científicas, por ora, que comprovem a total eficácia das máscaras de tecido. Mas, segundo eles, os equipamentos podem criar um anteparo que impeça a disseminação de gotículas contaminadas e o contato do vírus com as mucosas da boca e do nariz. Eles serão úteis principalmente em transportes públicos e em locais de aglomeração, como supermercados e farmácias.

Fonte: G1