O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, publicou em suas redes sociais um post agradecendo aos jogadores do clube por terem aceitado o acordo de redução salarial durante o período sem jogos em razão da pandemia de coronavírus. Com o trato, o Tricolor se juntou a outros clubes brasileiros que acertaram reduções com o elenco, como por exemplo Grêmio e Fortaleza. Diferentemente de casos que o corte será forçado, como no São Paulo e Atlético-MG.
– Quero agradecer aos jogadores do elenco profissional do Fluminense pela atitude generosa de abrirem mão de parte de seus salários neste momento em que lutamos contra os efeitos dessa pandemia. Pela nobreza do gesto, eu agradeço. Pelo voto de confiança no Fluminense e em sua imensa torcida, eu agradeço.
O mandatário tricolor estendeu também o agradecimento aos membros da comissão técnica do departamento de futebol, que também haviam aceitado anteriormente cortarem parte dos seus vencimentos neste período.
– Meu agradecimento se estende também à comissão técnica e staff do departamento de futebol , que tiveram a mesma grandeza. E, quando tudo voltar ao normal e estivermos em segurança para retomar nossas atividades, vamos agradecer a todos, de corpo e alma presentes, pela ajuda tão importante nessa hora. Forte abraço a todos.
Depois de algumas semanas de negociação, a direção do Fluminense fechou o acordo de redução salarial com seus jogadores na última quarta-feira. A redução não será fixa – varia entre 15% e 25%. Veja abaixo como será:
- Fevereiro: integral (falta pagar 60%)
- Março: redução de 15%
- Abril: integral (férias)
- Maio: redução de 25%
- Junho: redução de 25%, se não houver jogos, ou integral, se voltarem os jogos
Com relação aos salários de março, que venceram no último dia 7, o Fluminense combinou de pagar 65% de forma imediata e os outros 20% (para completar os 85% do corte) até o final do ano. Abril, como serão 30 dias de férias, os valores serão integrais, mas sendo 50% quitados só em dezembro, junto com o 1/3 do período. Os jogadores terão 10 dias de recesso quando terminar a temporada.
Caso os campeonatos não voltem a ser disputados até junho, mesmo com portões fechados, haverá uma nova negociação para o segundo semestre.
Nos meses em que haverá redução salarial, ela será aplicada também na mesma proporção sobre os direitos de imagem, que giram em torno de R$ 570 mil e apenas uma parte do elenco tricolor recebe. A quantia está atrasada desde dezembro do ano passado, e a diretoria se comprometeu a pagar três meses ao longo do segundo semestre.
Por fim, no acordo ficou estabelecida também uma cláusula para caso de inadimplência. Se o Fluminense não honrar com os compromissos assumidos dentro dos prazos, até o fim de 2020, a redução salarial será cancelada, e o clube será obrigado a pagar a diferença que havia cortado dos jogadores. Líderes do elenco, Nenê e Digão ficaram na linha de frente das negociações com a diretoria.
Fonte: Globoesporte