Jornal Povo

Presidente da Petrobras descarta demissão em massa na companhia

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta sexta-feira (17) que a companhia não cogita nenhum processo de demissão em massa de funcionários. No entanto, disse não poder responder pela manutenção dos postos de trabalho terceirizados.

“Não vamos praticar demissão em massa. Nossa principal preocupação é com a saúde dos nossos funcionários e com a sobrevivência da companhia”, disse o CEO.

O executivo falou a jornalistas pela manhã por meio de teleconferência e foi questionado sobre declarações de sindicalistas sobre o corte de pessoal na estatal.

Branco disse ser alvo de especulações acerca de demissão em massa desde que assumiu a presidência da Petrobras. “Isso nunca esteve sob consideração”, enfatizou antes de acrescentar que “o ônus da prova é de quem acusa”.

“Estamos praticando tudo que está nos livros de boas práticas de gestão, preservando a liquidez e cortando custos, mas sem recorrer à demissão”, declarou.

Sem ser questionado, Branco ressalvou que não pode responder pela situação dos trabalhadores terceirizados. “Eles não são funcionários da Petrobras. Eles têm contratos com as empresas prestadoras de mão de obra”, apontou.

Ele também não comentou sobre os quatro programas de desligamento voluntário ativos no momento pela empresa e que têm o objetivo de desligar cerca de 3,8 mil funcionários.

Também participaram da teleconferência os diretores Carlos Alberto Pereira de Oliveira (Exploração & Produção), Anelise Lara (Refino e Gás Natural), Roberto Ardenghy (Relacionamento Institucional) e Andrea Almeida (Financeira e de Relacionamento com Investidores).

Testagem para coronavírus

O diretor de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, disse que a companhia avalia testar todos os funcionários que trabalham embarcados em plataformas para saber se estão contaminados pelo novo coronavírus.

“Estamos discutindo com a Anvisa e conversando com os fornecedores de testes para que possamos testar todos os empregados da Petrobras que vão embarcar”, disse.

Segundo ele, até o momento “só aqueles casos classificados como não suspeitos eram autorizados a embarcar”. Tal classificação, segundo ele, é feita por médicos que avaliam o histórico clínico do funcionário a partir de uma entrevista, além de ser feita a checagem de temperatura.

O diretor acrescentou que uma vez embarcado o funcionário é monitorado por sete dias para avaliar eventual surgimento de sintomas relacionados à covid-19.