Jornal Povo

Ruan Renato mostra vontade de se firmar no Botafogo: “Não vim para ficar no banco”

São duas vagas para quatro zagueiros. Um deles já se firmou como titular e ganhou a confiança da comissão e da torcida. Os outros três buscam convencer Paulo Autuori de que merecem uma sequência de jogos. Esse é o objetivo principal de Ruan Renato, que mostra vontade de formar dupla com Marcelo Benevenuto e fazer história com a camisa alvinegra.

– Marcelo e Kanu são novos, mas têm muita qualidade. Carli também é um excelente zagueiro, tem uma história linda no Botafogo. Espero ter mais oportunidades e sequência também para passar confiança a todos e me consolidar, claro que respeitando e torcendo sempre para quem está jogando.

“Mas não vim para o Botafogo para ficar no banco”.

Em conversa com o GloboEsporte.com, o zagueiro de 26 anos falou sobre suas metas pessoais e valorizou o elenco do Botafogo. Com três jogos na temporada, todos sob o comando de Autuori, Ruan Renato lembra que ainda não sofreu nenhuma derrota, mas sabe que precisa evoluir muito para alcançar a titularidade que tanto deseja.

– Fico muito feliz com essa marca individual de ainda não ter perdido com a camisa do Botafogo. Desde de outubro do ano passado, quando eu estava no Figueirense, eu não perdi ainda. Pelo objetivo que tenho aqui, sei que tenho que evoluir cada vez mais, estou num time gigante e sei que a disputa é muito grande. Tenho que enfrentar muitos leões por dia para buscar a posição de titular. Espero continuar fazendo bons jogos e conseguindo bons resultados para eu conquistar essa vaga, lógico que sempre respeitando a todos. Quero fazer muitos jogos com a camisa do Botafogo.

Bate-papo com Ruan Renato:

O mundo vive um momento atípico com essa pandemia. Como está sendo passar por isso? Qual o segredo para manter corpo e mente saudáveis nesse período?

– Ficar impossibilitado de fazer aquilo que a gente ama e está acostumado a fazer todos os dias é difícil. Eu tenho tentado me alimentar corretamente, fazer os trabalhos e manter meu corpo ativo, claro que tomando todas as precauções. Para nós atletas de alto rendimento não dá para ficar tanto tempo parado. Temos que estar com o corpo preparado para que a adaptação seja mais fácil quando tudo se normalizar. Coloco o objetivo de estar com a mente e o corpo bem para não perder tempo quando as competições voltarem.

– Eu resolvi ficar no Rio de Janeiro, porque tenho um amigo aqui que está me ajudando muito e tem me orientado nas atividades. Preferi ficar para manter minha rotina normalmente até para seguir uma alimentação correta, porque em casa tem comida de mãe e de vó (risos). Aqui também tenho uma estrutura que me ajuda com os exercícios.

– Minha rotina é fazer as atividades todos os dias, tentando deixar o domingo sempre como folga. Geralmente trabalho em praças, locais abertos, mas tomando todos os cuidados. Tento me cuidar ao máximo, mas não ficar parado para não perder o que foi trabalhado até agora.

O time ainda oscila bastante e não conseguiu uma grande atuação na temporada. Além disso, não estava indo bem no Carioca até a paralisação. O que falta para o Botafogo engrenar?

– A gente passou por um momento difícil no início da temporada. Acho que o Botafogo fez uma boa reformulação no elenco, então acaba saindo um passo atrás dos outros times que já têm um entrosamento do ano anterior. Para encaixar com muitos jogadores novos é um pouco mais difícil. A gente teve uma troca no comando também que acaba prejudicando o andamento do trabalho. Temos muito a evoluir, sabemos disso.

– Tivemos jogos difíceis também na Copa do Brasil, Náutico e Caxias foram adversários duros, então demos passos importantes nessa competição. O Autuori vai conhecendo seus atletas a cada jogo, a forma como quer montar o time, e assim cada um vai crescendo quando conseguirmos assimilar bem as ideias e encontrar um padrão de jogo.

Marcelo Benevenuto é o único zagueiro absoluto no time titular. Você, Carli e Kanu revesaram e tiveram algumas oportunidades, cada. Por que acha que você não se firmou ainda no time principal?

– A gente tem grandes zagueiros, e a disputa fica cada vez mais acirrada. Eu demorei muito para ter minha primeira oportunidade de jogar.

“Nesses três jogos eu não comprometi, mas sei que posso dar mais de mim, sei que ainda preciso fazer jogos mais tranquilos e com segurança para passar confiança aos meus companheiros, ao comandante e à torcida. O zagueiro precisa de continuidade”.

– Nesse primeiro momento, o Autuori vem dando oportunidades a todos até para saber da qualidade de cada um, com quem ele pode contar. Espero ter uma sequência boa nessa volta, vou buscar me firmar a cada partida. Vim aqui para jogar e fazer um grande ano, mas, como eu disse, respeitando a todos.

Os três jogos que você fez foram com Paulo Autuori. O técnico chegou a falar com você particularmente? Ele conversou com o elenco sobre essa questão do revezamento?

– Eu não tive chance de jogar com o Valentim, e o Autuori, desde que chegou, me disse que me daria oportunidade e que via que eu estava merecendo, queria me conhecer nos jogos. Ele comentou sobre o revezamento, que ele gostaria de entender os jogadores que tem à disposição, por isso tem mudado muito o time. Sou muito grato pelas oportunidades e espero conseguir me firmar e passar confiança a ele.

Foram menos de três meses com o elenco, mas já tem algum momento especial que te marcou na temporada?

– É pouco tempo, mas um momento especial foi a classificação na Copa do Brasil no jogo contra o Náutico. Foi uma partida difícil, que foi para os pênaltis, e foi marcante também por ter sido minha estreia com a camisa do Botafogo. Estrear com classificação foi muito especial para mim, porque sabemos a importância da Copa do Brasil. A comemoração depois da classificação foi muito marcante. É um grupo unido, que quer fazer história e que tem muita vontade de vencer.

Ruan Renato em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Ruan Renato em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo

A gente vive um momento de incertezas. Não há ainda nenhuma definição sobre o retorno dos campeonatos. Na sua opinião como jogador, o que deveria ser feito?

– É muito complicado opinar, os pontos de vista são diferentes de um time pequeno para um time grande. Para nós, já encerrar o Carioca e começar o Brasileiro ficaria mais tranquilo até pela questão da sequência de jogos. Mas os times menores têm só o estadual, os jogadores têm essa competição para aparecerem, os clubes só têm essa receita.

“Não dá para ter uma opinião individual, tem que olhar todos os lados. Agora é o momento de se abraçar e se unir, não dá para pensar só no nosso lado. A pandemia prejudica a todos”.

O Botafogo é um dos clubes que decidiu por não reduzir os salários por enquanto e garantiu pagar integralmente os meses de março e abril, podendo reavaliar depois. O que pensa sobre uma possível redução?

– Isso tem que ser conversado. A gente sabe que também não vem sendo fácil para o clube, que perdeu receitas, mas também temos contas para pagar e família para sustentar. Tem que reunir todos e ver o que ambos os lados podem fazer e abrir mão para ter um acordo. Por enquanto, o Botafogo ainda não comentou nada sobre o assunto. Se essa situação se manter por muito tempo, acho que terá que ser conversado para que se prejudique o mínimo os dois lados.

Por fim, quando tudo voltar ao normal, quais suas expectativas para a temporada? O que espera do seu ano e do ano do Botafogo?

– Meu primeiro objetivo é voltar bem fisicamente para que eu possa me adaptar o mais rápido possível aos treinamentos e esteja 100% para aproveitar as oportunidades e, se Deus quiser, me firmar na zaga para fazer bons jogos.

“Depois vem o objetivo do grupo, que é colocar o Botafogo onde ele deve estar, que é disputando títulos e fazendo grandes campanhas, porque com a história que o clube tem não dá para pensar diferente”.

– Temos que buscar coisas grandes e, para isso, temos que nos esforçar muito. Quando tudo se normalizar, vamos buscar esse aprimoramento e criar uma identificação com o torcedor. Que possamos ter um padrão para evoluir a cada momento.

Fonte: Globoesporte

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