O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) classificou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como um “espião” em mensagem publicada no Twitter neste domingo (3). O filho do presidente Jair Bolsonaro ironizou o depoimento, que se estendeu por mais de oito horas, prestado por Moro na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba neste sábado (2).
“Realmente, é preciso muito tempo dando depoimentos a delegados amigos para ver se acham algo contra Bolsonaro. Moro não era ministro, era espião”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
MORO NA PF EM CURITIBA
Por volta das 13h15, Moro chegou à base da PF, em Curitiba, num veículo da polícia, que entrou pelo portão dos fundos do edifício.
O depoimento do ex-ministro começou por volta de 14h30 e só terminou às 22h40. Moro só deixou as dependências da PF às 00h20, sem falar com a imprensa.
Em nota, Rodrigo Sanches Rios, advogado do ex-ministro, informou que “como a investigação está em andamento, nossa manifestação será apenas nos autos”.
O ex-ministro colocou à disposição seu celular, com acesso a diversas mensagens de aplicativo de interesse dos responsáveis pelo inquérito.
Além de Moro e de seu advogado, Rodrigo Rios, estavam na sala três procuradores, um escrivão e a delegada Cristiane Corrêa, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), que investiga pessoas com foro privilegiado, entre outros delegados.
Segundo Guilherme Amado, colunista da ÉPOCA, Correa foi quem conduziu o inquérito.
Os procuradores eram João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita. Todos usaram máscaras durante o depoimento.
O inquérito foi autorizado por Celso de Mello e investiga se as acusações de Moro são verdadeiras. Caso Moro não as comprove, pode responder por denunciação caluniosa e crimes contra a honra, entre outros.
Fonte: Revista Época