O ator Flávio Migliaccio morreu aos 85 anos de idade. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (4) pela CNN. As causas da morte ainda serão investigadas.
Migliaccio nasceu no bairro do Brás, São Paulo, em 26 de agosto de 1934. Seu pai era barbeiro, e a mãe cuidava dele e de seus 16 irmãos.
“Uma vez, fui assistir a um espetáculo numa igreja e percebi que um dos atores era muito ruim. Não gostei dele de jeito nenhum. Então, fiz uma coisa que não deveria ter feito: esperei terminar o espetáculo e fui falar com o diretor. Disse que o cara era muito ruim e que eu faria melhor. O diretor me deu o papel do cara. Fiz, foi legal e comecei a gostar. E foi assim que estreei como ator amador”, disse o ator ao “Memória Globo”.
Em 1954, fez o curso de teatro do italiano Ruggero Jacobbi. De lá, foi encaminhado ao grupo amador Teatro Paulista do Estudante, o que serviu como ponte para profissionalização com o Teatro de Arena, de Zé Renato.
No Teatro de Arena, atuou nas peças A Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho.
Foi convidado em 1972 pela Rede Globo para atuar em O Primeiro Amor, novela de Walther Negrão, onde viveu Xerife. O sucesso foi tamanho que a emissora criou o seriado Shazan, Xerife & Cia., que ficou no ar de 1972 a 1974.
Flávio Migliaccio criou o personagem Tio Maneco, com o qual gravou longas-metragens produzidos, dirigidos e estrelados por ele, como As Aventuras do Tio Maneco (1971), O Caçador de Fantasmas (1975) e Maneco, o Super Tio (1978).
Na TV, participou de mais de 30 novelas e minisséries, fazendo sucesso com vários personagens, como o pão-duro Moreiras, em Rainha da Sucata (1990), o feirante Vitinho, em A Próxima Vítima (1995), Fortunato, em Passione (2010), e o turco Chalita, da série Tapas & Beijos (2011).
Fonte: CNN