Jornal Povo

Prefeito e secretária de Saúde do Rio criticam a Caixa por filas: ‘Tudo o que a gente não quer’

O prefeito Marcelo Crivella fez um alerta ontem para que as pessoas que podem ficar em casa mantenham o isolamento social. Segundo ele, esta semana é a que mais preocupa em relação ao combate à pandemia do novo coronavírus.

— Para nós, essa é a Semana D. Faço um apelo para que, principalmente idosos e pessoas com comorbidades, fiquem em casa. Os que precisarem sair por algo urgente não deixem de usar as máscaras — pediu o prefeito, em entrevista coletiva neste domingo no Riocentro. — Essa semana é a que mais nos preocupa, porque acelerou o número de pessoas nos hospitais. Nós aguardávamos ajuda de outros entes (com leitos para enfrentar a pandemia). O que ainda não ocorreu. E o estado não está conseguindo os equipamentos necessários. Essa semana talvez seja a semana mais decisiva e a mais difícil (no comabate ao coronavírus). Embora não possamos dizer que será o momento de pico (da contaminação).

O prefeito e a secretária municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch, reclamaram das aglomerações que têm ocorrido na porta de agências da Caixa Econômica, por conta da retirada do benefício de R$ 600 dado pelo governo federal. O prefeito não descarta a hipótese de representar em juízo contra o banco para que haja uma solução.

— Pedimos ao superintentendente da Caixa Econômica Federal para que, especificamente essa semana, medidas que promteu tomar contra aglomerações sejam efetivas — afirmou Crivella.

Ana Beatriz Busch completou:

— Os próximos dez dias sserão importantíssimos. É preciso que as pessoas fiquem em casa. Hoje, a Caixa Econômica é uma vitrine de tudo o que a gente não quer que aconteça.

O prefeito também disse neste domingo que pode bloquear vias e interditar calçadões do comércio de rua na Zona Oeste do Rio como forma de conter aglomerações. Segundo Crivella, o foco principal de preocupação são os bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Bangu, que estão também entre os que mais receberam denúncias pelo Disque Aglomeração (1746). O prefeito admitiu restringir a circulação de pessoas nessas áreas, caso as aglomerações persistam, principalmente no fim da tarde, já que boa parte do comércio tem desrespeitado as restrições ao funcionamento, em vigor desde março. A adesão ao isolamento social nessas áreas será monitorada com atenção pelo Centro de Operações Rio (COR).

Fonte: Jornal Extra