Jornal Povo

Crivella diz que 881 leitos em hospitais municipais do Rio vão funcionar em dez dias

RIO — O prefeito Marcelo Crivella afirmou nesta quarta-feira que todos os 500 leitos do Hospital de Campanha do Riocentro, na Zona Oeste do Rio, e os 381 do hospital de referência Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, estarão em pleno funcionamento em dez dias. A estimativa sobre os 881 leitos foi feita nesta manhã, dia 13, durante uma coletiva no Riocentro. A medida será possível com a chegada de cerca de 300 respiradores comprados na China, que foram trazidos em dois voos fretados pelo município para auxiliar no combate ao coronavírus. O primeiro avião chegou na noite de terça-feira, enquanto o segundo voo desembarca nesta tarde.

— Os leitos serão abertos progressivamente. Em média, serão abertos leitos de seis em seis. Mas esta quantidade pode aumentar conforme o ritmo — afirmou.

Desses 300 respiradores, 80 serão instalados no Riocentro completando as 100 vagas de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os outros 202 vão equipar o Ronaldo Gazolla, enquanto que os cerca de 20 que ainda restam serão instalados no CER Leblon, na Zona Sul. Os equipamentos instalados nesta quarta-feira no Gazolla foram emprestados da rede federal e serão devolvidos.

Os 406 equipamentos restantes só vão chegar no fim do mês, entre os dias 28 e 30 de maio, também da China. Esses aparelhos serão usados para dar apoio à regulação de leitos públicos na Região Metropolitana, conforme explicou Crivella.

Respiradores comprados pela prefeirtura do Rio chegaram da China Foto: Divulgação
Respiradores comprados pela prefeirtura do Rio chegaram da China Foto: Divulgação

Frete custou mais de R$ 5 milhões

O prefeito não descartou a possibilidade de manter a quarentena para conter a Covid-19 depois do dia 30. Mesmo assim, ele diz estar otimista com os resultados das medidas de bloqueios adotadas pela prefeitura em vários bairros da cidade para conter aglomerações. Inicialmente, as ações incluem proibição de estacionamento na orla do Rio, bloqueios a centros comerciais de bairros e restrições ao funcionamento do comércio em favelas.

Para trazer essa carga de respiradores, Crivella pagou pelos fretes um total de US$ 980 mil (cerca de R$ 5,8 milhões). O valor foi acertado com a adesão da prefeitura a uma ata de registro de preços de licitação da União para fretes.

 — Inicialmente, esses equipamentos viriam em navios. O frete tem custo menor, mas havia urgência pelos aparelhos. No fim do mês, fechamos um acordo com o fabricante. Os aparelhos virão de avião, mas pagaremos o custo equivalente a como se tivessem vindo de navio  — afirmou o prefeito.

Fonte: O Globo