A eficácia de um túnel de desinfecção instalado para fazer a higienização de pacientes e acompanhantes que entram no pronto-socorro central de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, gerou polêmica entre as autoridades de saúde. O aparato começou a funcionar nesta quarta-feira (13).
Porém, de acordo com uma nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o equipamento não seria eficiente.
“Não foram encontradas evidências científicas, até o momento, de que o uso destas estruturas para desinfecção sejam eficazes no combate ao Sars-CoV-2, além de ser uma prática que pode produzir importantes efeitos adversos à saúde”, diz a nota da Anvisa.
O túnel despeja, durante 15 segundos, uma substância sobre as pessoas que passam pelo local. A Anvisa alertou também para o risco de “efeitos adversos à saúde”, como alergias.
A Prefeitura de São Gonçalo afirmou que, de acordo com a organização social que administra a unidade de saúde, a ação seria mais uma a colaborar no combate à Covid-19, assim como a disponibilidade de equipamentos de proteção individual e de álcool em gel.
A nota técnica da Anvisa, segundo o poder municipal, não diz que é eficiente, mas também não afirma que é proibido.
A cidade de São Gonçalo é a quarta do Rio de Janeiro com mais casos de Covid-19, com 492 casos confirmados e 65 mortes, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde.
Fonte: G1