Pacientes com Covid-19 começarão a ser recebidos no Centro Hospitalar da Fundação Oswaldo Cruz nesta terça-feira (19). A unidade de saúde fica em Manguinhos, na Zona Norte, onde também é a sede da fundação. As transferências para o local são definidas pela central estadual de regulação de vagas.
De acordo com a fundação, “os leitos serão ocupados gradualmente, a partir da avaliação diária e conjunta da direção com as secretarias municipal e estadual de saúde”. Isso, de acordo com a Fiocruz, garante a segurança necessária “tanto para pacientes quanto para os profissionais de saúde”.
“Neste momento, em que acompanhamos com tanta preocupação o aumento de casos e de mortes em nosso país, e em particular no Rio de Janeiro, é com grande emoção que entregamos esse hospital dedicado exclusivamente à Covid-19 e que permanecerá como um legado para o Sistema Único de Saúde”, ressaltou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, durante visita de reconhecimento.
O complexo ocupa uma área total de 9,8 mil metros quadrados e conta com entrada exclusiva para ambulâncias e heliponto. A Fiocruz informou que, funcionando plenamente, a unidade terá 195 leitos destinados ao tratamento intensivo e semi-intensivo.
Construído em 2 meses e em regime emergencial, o hospital tem características específicas, o que o diferencia de outros hospitais de campanha.
Por exemplo, a unidade conta com um sistema de isolamento para infecções por aerossóis – como é o caso da Covid-19. Além disso, os quartos são individuais e uma tubulação é suga o ar contaminado, que é filtrado antes de ser devolvido à parte externa da unidade.
O centro hospitalar também tem uma central de tratamento de esgoto própria, criada para tratar resíduos com o novo coronavírus e dar uma destinação segura aos dejetos.
Transferência de pacientes
A Fiocruz detalhou que o centro se trata de uma unidade hospitalar fechada, ou seja, não há atendimento de emergência. Os pacientes levados para o local são transferidos de outras unidades de saúde.
Isso irá ocorrer via sistema da Secretaria de Estado de Saúde que faz o mapeamento dos leitos disponíveis, para organizar a oferta e adequar às necessidades de acesso da população.
A princípio, a Fiocruz comunicou que o paciente deve ser atendido em uma emergência ou unidade de pronto atendimento. Depois, se necessário, é feito um para o sistema de regulação, onde é checada a disponibilidade dos leitos e, em seguida, a transferência dos pacientes.
Fonte: G1