Jornal Povo

Considerado ‘morto’ pela Caixa, trabalhador do RJ não consegue sacar o Auxílio Emergencial

Um trabalhador não consegue receber o auxílio emergencial de R$ 600 do governo porque a Caixa Econômica Federal diz que ele está morto.

O caso aconteceu com Alan Torres Cruz, de 30 anos. Desempregado e morador de Magé, na Baixada Fluminense, Alan acessou o site da Caixa para solicitar o benefício. Quando colocou o número do CPF, apareceu uma mensagem dizendo que ele tinha falecido.

Aplicativo da CEF diz que trabalhador está morto — Foto: Reprodução/TV Globo
Aplicativo da CEF diz que trabalhador está morto — Foto: Reprodução/TV Globo

A mensagem do aplicativo diz:

“Auxílio Emergencial não aprovado. Motivo: Cidadão (ã) com registro de falecimento”.

O CPF de Alan, no entanto, aparece como regular em outra página da internet.

Por causa da falha, ele não conseguiu sacar nem a primeira parcela do benefício.

“Na primeira vez que eu dei entrada no auxílio, eles demoraram um tempo e me deram um retorno que meus dados estavam preenchidos de forma errada. E eu fiz a segunda chamada do auxílio. Nessa segunda chamada que foi liberada agora na sexta-feira, eles me disseram que eu estava morto. No meu auxílio está constando como CPF com óbito”, explica Alan em um vídeo.

Segundo ele, em outras buscas na internet, o CPF consta como regular:

“E eu já fiz pesquisa na internet para saber. Na Receita Federal, o meu CPF está constando tudo certinho, mas a Caixa tá me informando que o meu auxílio foi negado porque eu estaria morto”.

Buscas em outros sites indicam que CPF está regular — Foto: Reprodução/TV Globo
Buscas em outros sites indicam que CPF está regular — Foto: Reprodução/TV Globo

A Caixa informou que o CPF é responsabilidade da Receita Federal e que é preciso prestar atenção para não digitar nenhum número errado no pedido do benefício.

A Receita Federal não explicou o que houve no caso de Alan.

Já a Dataprev, empresa pública responsável por identificar quem tem direito a receber o Auxílio Emergencial de R$ 600, disse que uma das bases federais usadas para óbitos é o Sistema de Controle de Óbitos e que diante do resultado do requerimento do Alan, a sugestão é que ele se dirija ao cartório onde registrou certidão de óbito na família para verificar se o CPF não foi inserido erroneamente no documento.

Fonte: G1