Jornal Povo

MPF do Rio quer ouvir Marinho presencialmente em investigação sobre vazamento

O Ministério Público Federal (MPF) quer ouvir presencialmente o empresário Paulo Marinho (PSDB) no âmbito da investigação que apura possível vazamento da operação Furna da Onça para o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em 2018. Em entrevista à Folha de S.Paulo no último domingo, Marinho declarou que um delegado da Polícia Federal avisou ao senador de que seria deflagrada a Operação Furna da Onça e que esta atingiria seu então assessor Fabrício Queiroz. 

Fontes do Ministério Público Federal afirmaram à CNN que é importante que Paulo Marinho seja ouvido presencialmente e ainda nesta semana, por questões de segurança. Depois do relato, o empresário solicitou proteção policial ao governador Wilson Witzel e foi atendido.

Por isso, para o MPF, é importante que Marinho seja ouvido presencialmente no prédio do órgão, localizado no Centro do Rio de Janeiro – o deslocamento dele de sua casa, na Zona Sul da capital fluminense, para o local onde o depoimento deverá ser realizado contará, neste caso, com um esquema especial de segurança. 

Nesta quarta-feira (20), o empresário já tem um depoimento marcado, também no Rio, desta vez para a Polícia Federal, em outra investigação a respeito do mesmo episódio.

CNN também apurou que todos os mencionados por Paulo Marinho como presentes à reunião em que a Operação Furna da Onça teria vazado também serão intimados a prestar depoimento ainda nesta semana. O empresário mencionou que o coronel da PM Miguel Angelo Braga, chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro no Senado, o advogado Victor Alves e a ex-tesoureira do PSL no Rio, Valdenice de Oliveira Meliga, estavam no encontro em que um delegado da PF vazou informações sobre a Operação Furna da Onça.

O MPF do Rio, através do Controle Externo da Atividade Policial, investiga se Flávio foi avisado por alguém da PF com antecedência sobre a investigação. Além disso, o órgão solicitou o desarquivamento do inquérito da Polícia Federal que apurou o assunto ainda em 2018 – e terminou com a conclusão de que não havia como provar que a operação vazou para o filho do presidente. 

Flávio Bolsonaro divulgou nota ainda no domingo (17) em que afirma que as declarações de Paulo Marinho são “desespero de alguém sem votos” e que o empresário tem interesse em prejudicá-lo pois é seu suplente no Senado. Paulo Marinho também é pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSDB.

Fonte: CNN