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” Quero combater a corrupção e acabar com as mordomias” diz Raquel Stasiak, pré candidata a prefeita de Nova Iguaçu em entrevista exclusiva ao JORNAL POVO


Em 2018, Raquel Stasiaki trilhou o caminho das salas de aula às urnas. A versatilidade da advogada, professora, empresária, esposa e mãe exigia um novo título: a política. Na eleição histórica que empossou na presidência do Brasil a direita de Jair Bolsonaro, Raquel Stasiaki conquistou 26.644 votos concorrendo ao cargo de deputada federal pelo Partido Social Liberal (PSL), provou a agridoce suplência na Câmara Federal. O “quase lá” deixou a convicção do apoio espontâneo às suas ideias e pessoa. Agora, pré-candidata à prefeitura de Nova Iguaçu, Stasiaki crê que precisa repetir na cidade o fenômeno Bolsonaro, arejando com ideias contundentes a velha política iguaçuana. O alinhamento com o discurso e posicionamentos trouxe um notável apelido dos apoiadores: “mita!”.


Jornal Povo: nós observamos que é uma pré-candidata muito forte e ativa nas suas redes sociais. Em algumas publicações seus seguidores te chamam de “mita”, o mesmo termo que os apoiadores do presidente Bolsonaro utilizam para referir-se a ele desde que ainda era deputado. Como se sente com esta comparação?

Raquel Stasiaki: Eu acho um máximo! “Mitar” significa fazer algo difícil, inédito. É não se curvar ao politicamente correto. É ser autentico, verdadeiro. Bolsonaro é tudo isso e muito mais. Se enxergam essas qualidades em mim, estou no caminho certo. Ele foi conclamado “Mito” porque teve a coragem de dizer o que pensava, sem filtros, de forma aberta e franca, o que agradou o povo, já cansado de ouvir falácias, mentiras e hipocrisias. Se alguém consegue me enxergar como uma voz política, capaz de fazer algo incrível e restaurar uma ordem política em Nova Iguaçu. Então, que venha a “Mita”

Jornal Povo: O nome da senhora desponta como uma provável candidatura à prefeitura de Nova Iguaçu nas eleições de 2020. Por isso, apresente-se ao nosso leitor: quem é a Raquel Stasiaki?

Raquel Stasiaki: Eu sou uma professora, advogada e empresária local, moradora de Nova Iguaçu há duas décadas. Sou mãe da Sophia, casada com o pai dela e que também trabalha na Baixada Fluminense. Venho me apresentando como pré-candidata às eleições de 2020 como um nome novo, uma opção diferente na política local, com pautas a favor da família, valores, educação (avaliada pelo TCE/RJ em 2018 com o segundo pior resultado no Estado), enxugamento da máquina (menos secretarias será mais Nova Iguaçu), fortalecimento da saúde básica e amparo às empresas para fomento de empregos. O partido me vê como qualificada para o posto máximo do executivo municipal, espero que isso possa ser confirmado durante as convenções partidárias e, por fim, confirmado pelo povo na campanha eleitoral.

Jornal Povo: Verifiquei que a senhora já foi candidata em 2018 à deputada federal pelo PSL, apoiando e tendo o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O que te levou a entrar na política e o que te motiva a querer disputar o cargo de prefeita do município de Nova Iguaçu?

Raquel Stasiaki:
Ótima a sua pergunta. Para falar a verdade, eu nunca me imaginei na política. Pelo contrário, não queria nem interagir com a política. Veja, eu tenho o meu trabalho de professora, dirijo a minha empresa o Cejuris, que é um preparatório para concursos público que está há quase quinze anos aqui em Nova Iguaçu. São centenas e centenas de alunos anualmente. Principalmente, tenho uma filha para educar e dar atenção. Quem tem uma empresa e uma família para cuidar, percebe a dificuldade de se imaginar atuando na política. Entretanto, o cenário caótico de crises que o Brasil passava: crise moral, ética, econômica. Tudo isso passa pela política. Enfim, quem tomava as decisões e atuava no poder, seja ele o legislativo ou o executivo, eram pessoas que geravam e alimentavam todas essas crises. Eu senti que precisava e podia fazer algo mais, contribuir para mudar o cenário político do Brasil. Pessoas comuns novas precisam ir para a política.

Jornal Povo
: A senhora se refere ao PT?

Raquel Stasiaki: Não só ao PT. A ação da Lava Jato mostrou a extensão do problema. Pela primeira vez assistimos bilionários, donos das grandes empreiteiras, políticos poderosos sendo alvos de busca e apreensões, muitos se tornando réus e tantos outros sendo presos e condenados. Ex-governadores do RJ, deputados poderosos, conselheiros do tribunal de contas foram algemados e conduzidos pela Polícia Federal. Vimos tudo isso!Portanto, eu cheguei a conclusão de que pessoas novas, sem vícios políticos deveriam ocupar os espaços públicos da política brasileira. Caso contrário, pessoas ruins e corruptas seguirão confiantes nesses mesmos postos. Foi aí que veio o convite do PSL em meados de 2018 para me candidatar. Eu logo gostei, mas achava aquilo tudo muito novo, seria uma novidade bem dinâmica na minha vida e da minha família, em suma, passei pelo processo eleitoral e concluí com uma votação bem expressiva, inclusive aqui em Nova Iguaçu, onde fui a segunda mais votada do partido, uma grande vitória para uma mulher novata na política e em seguida após as eleições, continuei e continuo apoiando o presidente Bolsonaro, e foi aí que veio ao meu conhecimento que o meu nome estava sendo cotado para concorrer futuramente ao cargo de prefeita de Nova Iguaçu.

Jornal Povo:Quais atributos são necessários para ser uma boa prefeita na sua opinião?  O que difere a senhora dos seus possíveis concorrentes ao cargo?

Raquel Stasiaki:
Os atributos são de uma nova política, e para começar: mudando tudo isso que está aí! A minha diferença para os demais é que eu não tenho histórico na velha política.

Jornal Povo
: Quando a senhora diz “mudando tudo que está aí”, ao que especificamente se refere?

Raquel Stasiki: Me refiro a má gestão cujas raízes estão na velha politicagem: Acordos espúrios de loteamamento de Secretarias antes mesmo do camarada ser eleito, clientelismo, tráfico de influência, privilégios, criação de cargos comissionados para abrigar aliados, ratear o dinheiro público, burlar a fiscalização do legislativo em troca de favores… Desculpa, ou o cidadão está com o político A, B ou C porque acredita no projeto dele para a cidade e quer somar sem contra-partidas, ou não está.

Jornal Povo:  Há propostas para a cidade neste sentido pré-candidata?

Raquel Stasiaki: Minha equipe e eu estamos elaborando várias propostas para a ocasião do prazo eleitoral e poder apresentá-las, pois antes disso é contra a lei eleitoral, porém as demandas para Nova Iguaçu são diversas, o que precisamos é de uma liderança com capacidade e sem dever nada a ninguém. A questão do emprego por exemplo é urgente na nossa cidade, o que está acontecendo que nos últimos anos estamos perdendo empregos e não fomentando a vinda deles para a cidade? Este é um dos pontos da proposta que desejo apresentar.

Jornal Povo: Como empresária, e pensando como empresária o que dá para aplicarmos no setor público no que tange a boa gestão? Sabendo que no setor público não se pode dar lucros?

Raquel Stasiaki: Bem até concordo que no setor público não é uma finalidade gerar lucros, mas também não pode dar prejuízos. E infelizmente é o que acontece na cidade, não somente neste governo do atual prefeito, mas nos anteriores também. A  despesa total  de Nova Iguaçu atualmente está em 1,6 bilhão, o prefeito segue realizando empréstimos e onerando a máquina pública, portanto dá sim para enxugar a máquina: menos prefeitura e mais Nova Iguaçu.

Jornal Povo: De que forma a senhora viu a participação da prefeitura de Nova Iguaçu na criação do hospital de campanha?
Raquel Stasiaki: Bem, eu não ví! Se alguém viu avise ao povo. Quero ser até bem justa, acho que a responsabilidade dos desvios do dinheiro público que foram destinados pelo governo federal ao combate ao Covid-19, não aparenta estar no âmbito municipal, e sim no estadual, por outro lado o prefeito fez promessas que não cumpriu, o que criou uma frustração na população, uma delas foi a promessa de reabrir o Hospital Iguassú (no centro de Nova Iguaçu) já no inicio da pandemia, em seguida fez um anúncio do hospital de campanha no aeroclube da cidade, passado alguns meses e visto que não ficaria pronto jogou toda a responsabilidade para o governo do Estado, se o hospital ficasse pronto aí o prefeito tomaria os feitos para o seu governo, no meu ver esse jogo de proveito político ou não só prejudicou a população e o que restou são inquéritos da Polícia Federal para investigar o que fez a O.S. IABAS com este montante de dinheiro, escândalos de corrupção não faltam.

Jornal Povo:  O que se deve às críticas que fazem ao presidente Bolsonaro?

Raquel Stasiaki: Eu penso que o presidente vem lutando contra um sistema antigo e mesquinho que não visa primeiramente o bem estar do povo brasileiro, pelo contrário são pessoas que visam o seu próprio bem estar, observe o caso da tão criticada reunião ministerial do presidente com os seus ministros, ela nos revelou o que todos nós já sabíamos: um presidente que está preocupado com o povo, ele cita a democracia naquele episódio dantesco ao qual pessoas eram algemadas durante a quarentena em alguns Estados do Brasil, incluindo o RJ, isso por apenas estarem em locais públicos, seus ministros enojados com indivíduos em Brasília que não tem a mínima ideia do que é povo… enfim, se o intuito é tentar macular o trabalho desenvolvido pelo presidente, eu acho que é perda de tempo.

Jornal Povo: Para finalizar, o que esperar de Raquel Stasiaki vindo a concorrer como prefeita?

Raquel Stasiaki: Primeiramente uma mulher com garra e vontade de vencer, todos nós que moramos aqui em Nova Iguaçu queremos evoluir nesta cidade. As pessoas querem algo novo e com mais transparência, o contato com a população não tem que ser somente durante a campanha, temos que avançar, é preciso convidá-la a participar de uma possível gestão.

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