Jornal Povo

Ex-funcionários terceirizados do TRF-2 denunciam demora na homologação de seus contratos

Indignação. Essa palavra define a atual situação dos ex-vigilantes que trabalhavam terceirizados no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio de Janeiro, e ainda não receberam seus direitos e não tiveram seus contratos homologados desde que perderam seus empregos.  

A reportagem do JORNAL POVO apurou que a empresa Max-segurança já prestava serviços ao TRF-2 há 4 anos, e que o contrato renovado para esse ano iria até setembro. Entretanto, o contrato foi reduzido em virtude de uma série de dívidas com o TRF-2, como o atraso do salário dos funcionários terceirizados. Ainda de acordo com informações, o TRF-2 alegou que só manteria o contrato com a Segurança-Max até o mês de setembro se todas as pendências fossem cumpridas, mas isso não aconteceu.

Outras duas empresas assumiram o serviço de segurança do TRF-2 desde que a Segurança-Max perdeu o contrato: A Transegur, que também já não presta mais serviços ao órgão; e a Vig Fat, atual prestadora. Quem foi mandado embora conta que essa última empresa que assumiu até manteve os vigilantes que faziam parte da Segurança-Max, mas foram poucos os que ficaram.    

E no meio de toda essa situação, quem sai no prejuízo são os que perderam seus empregos. Como ainda não tiveram seus contratos homologados, os ex-vigilantes ainda não receberam seu tempo de trabalho, não podem dar entrada no fundo de garantia e também não podem pedir o auxílio emergencial, já que, no sistema ainda pertencem à empresa.

“É complicado porque estamos passando por esse momento de pandemia sem emprego, sem nossos direitos e sem poder pedir o auxílio emergencial. Precisamos de uma solução para o nosso problema, temos família para sustentar”, disse um dos funcionários demitidos que preferiu não se identificar com medo de represália.

Agora os ex-vigilantes esperam uma posição do Sindicato dos Vigilantes para ajuda-los a correr atrás das reivindicações. Eles marcaram uma mobilização na frente do prédio do TRF-2 para esta quinta-feira (18) e contam com a presença do sindicato. E caso nenhum representante do movimento não apareça, eles já disseram que levarão a denúncia ao Ministério Público.

O JORNAL POVO tentou entrar em contato com a Segurança-max e com o TRF-2, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.