Jornal Povo

Ativista antecipou paradeiro de Queiroz após ter informação da filha de Olavo de Carvalho

Amigo da filha de  Olavo de Carvalho, o ativista Bruno Maia, 39 anos, antecipou, no último dia 20 de maio, o paradeiro de Fabrício Queiroz, em Atibaia (SP), preso nesta quinta-feira. Em suas redes sociais, Maia, que usa o codinome Todd Tomorrow, postou a imagem da fachada do imóvel e escreveu que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro curtia uma longa temporada na casa de Frederick Wassef, advogado do parlamentar. Ele disse ter sabido que Queiroz estava no imóvel por Heloísa de Carvalho, filha do ideólogo de direita que é visto como guru pelo presidente Jair Bolsonaro.

Maia contou que passou por diversas vezes em frente à casa, mas que as janelas e as portas sempre estavam fechadas e havia pouco movimento. Segundo ele, numa dessas ocasiões, foi possível ver um homem calvo, que se assemelhava a Queiroz, embora não pudesse fazer tal afirmação com certeza.
Nesta quinta-feira, Maia e Heloísa voltaram à casa, onde posaram para fotos tomando suco de laranja.

— Fomos lá só para fazer um deboche para postar na internet — disse Maia ao Sonar.

Heloísa de Carvalho, que reside perto do local, disse que é amiga de uma vizinha e que chegou a bater na casa para falar sobre uma obra no muro. Saiu apenas a mulher do caseiro, que deu pouca atenção e causou estranheza. Heloísa afirmou ainda que há alguns meses um delegado da polícia paulista a procurou para perguntar sobre Frederick Wassef e sobre o período em que ele frequentou casas noturnas na cidade de Atibaia.

Ela contou ainda que há cerca de 15 dias passou na frente da casa e viu uma BMW branca na frente. O carro, segundo ela, seria de Wassef.

A Operação “Anjo” de que Queiroz foi alvo é mais uma etapa da investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sobre as suspeitas de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O nome “Anjo”, como foi denominada a operação que prendeu Fabrício Queiroz nesta quinta-feira, é uma referência ao apelido do advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.

Fonte: O Globo