Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, conhecido pela luta a favor dos direitos humanos, faleceu, aos 92 anos, na manhã deste sábado (08). A informação foi confirmada pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, Prelazia de São Félix do Araguaia e a Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos).
Com problemas respiratórios agravados pelo Mal de Parkinson, Casaldáliga chegou a ser internado na última semana, mas não resistiu as complicações causadas por uma embolia pulmonar.
O governo do Mato Grosso vai decretar luto oficial de três dias.
“Ele foi um exemplo para todos na luta pelos direitos humanos e contra as injustiças sociais. É uma grande perda para o mundo e seu legado e ensinamentos deverão continuar a ser seguidos por todos”, declarou o governador Mauro Mendes.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, também se pronunciou. “Minhas homenagens a Dom Pedro Casaldáliga, um grande e verdadeiro patriota do povo brasileiro, que agora está no Reino”, postou no Twitter.
Biografia
Nascido em Balsareny, na Catalunha (Espanha), Casaldáliga se mudou para o Brasil aos 40 anos, onde ficou conhecido por sua luta a favor do trabalho pastoral e em defesa aos direitos humanos. Além disso, Casaldáliga também é uma das figuras mais destacadas pela Teologia da Libertação.
Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia desde 1971, Casaldáliga atuou à frente da luta em defesa de grupos indígenas e contra a desigualdade social.
Em nota, as associações Araguaia com o Bispo Casaldáliga, da Catalunha, e a Associação ANSA, de São Félix do Araguaia, lamentam o falecimento do bispo “a quem devemos a nossa fundação e cada um destes 40 anos de existência”.
Ainda, segundo o comunicado publicado pelas instituições, o velório do bispo acontecerá em três locais, tendo início em Batatais, interior de São Paulo, neste sábado (08). Depois, passará por Ribeirão Cascalheira, no Mato Grosso, a partir do dia 10 de agosto. Por fim, o último velório acontecerá em São Félix do Araguaia, também no Mato Grosso.
Fonte: CNN