Jornal Povo

Casos de coronavírus voltam a aumentar no Rio

A ameaça de uma nova escalada de casos de Covid-19 no Rio, verificada pelo jornal O DIA desde o início de agosto diretamente em hospitais da Baixada e da capital fluminense, já se reflete nos números oficiais.

Levantamento feito ontem nos balanços diários divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) revela que o número de novos casos confirmados no estado nos primeiros 21 dias deste mês já é 33,44% maior que o registrado no mesmo período de julho – 39.823 notificações em agosto contra 29.843 no mês passado.

A situação também é preocupante na cidade do Rio, onde foi registrada média de 803,28 novos casos por dia entre 14 e 21 de agosto, contra média diária de 361,85 nos sete primeiros dias do mês. É uma alta de 122% na média diária de novos casos no município.

A tendência de alta nas estatísticas é confirmada pela ocupação dos leitos de UTI e enfermarias. Na rede SUS do município do Rio – que inclui unidades municipais, estaduais e federais – a taxa de UTIs ocupadas chegava ontem a 67%, um aumento de seis pontos percentuais em relação a 14 dias antes. Já os leitos de enfermarias estavam 46% ocupados neste sábado, contra o índice de 36% de ocupação em 8 de agosto – duas semanas antes. Os dados da ocupação dos leitos da rede SUS são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A alta também é sentida nos hospitais. “Tenho percebido um aumento na demanda de atendimento e internações de casos de covid nas últimas 2 semanas. Não acho que seja segunda onda, mas ainda reflexo da primeira onda. Certamente reflexo da flexibilização desorganizada que tivemos aqui”, argumenta o infectologista Alberto Chebabo.

Em relação às mortes, também houve aumento nas médias diárias. Considerando os intervalos de 31 de julho a 7 de agosto e de 14 a 21 de agosto, a média de óbitos saltou de 78,71 por dia para 99,28 por dia no Estado do Rio. Na capital, a alta foi de 40,85 novas mortes diárias para 53,71. Observando os 21 primeiros dias de agosto e de julho, no entanto, houve queda de 21,43% nos óbitos.

Fonte: Meia Hora