Jornal Povo

Luccas Claro revela conversas para renovação no Fluminense e “perdão” de Guerrero após lesão

De “última opção” a titular do Fluminense, Luccas Claro deu a volta por cima e curte a boa fase neste início de Campeonato Brasileiro. Mas ainda não tem seu futuro definido com a camisa tricolor. O zagueiro é um dos 10 jogadores que o clube fica sem contrato em dezembro – por enquanto, apenas Matheus Ferraz e Wellington Silva acertaram a renovação. Em entrevista coletiva por videoconferência nesta segunda-feira, ele revelou que as conversas já começaram e espera uma decisão em breve

– Sobre renovação, não está avançado ainda, sendo bem sincero. Mas a gente já teve uma breve conversa, então acredito que nos próximos dias aí o melhor vai se concretizar.

– Meu pensamento é no Fluminense. Por isso que tenho feito bons jogos, porque estou 100% focado aqui dentro. Só penso no Fluminense, no Brasileiro… Se começar em coisas externas eu não consigo ter um bom rendimento dentro de campo. Então estou focado aqui, e meu futuro pertence a Deus. Muita tranquilidade, e como em toda a minha vida, com os pés no chão e trabalhando forte o melhor sempre aconteceu. Então agora não será diferente.

Luccas Claro cumprimenta Guerrero ao sair de maca — Foto: Nayra Halm / Fotoarena / Estadão Conteúdo
Luccas Claro cumprimenta Guerrero ao sair de maca — Foto: Nayra Halm / Fotoarena / Estadão Conteúdo

Luccas também falou pela primeira vez sobre a lesão de Guerrero. No último dia 16, o zagueiro foi quem estava na dividida com o atacante do Inter, que acabou contundindo gravemente o joelho e ficará fora do restante do campeonato. O tricolor disse que ficou surpreso quando soube e logo procurou o atacante peruano, que tranquilizou o defensor e o eximiu de culpa:

– Fui pego de surpresa. Tivemos a dividida no jogo, quando vi ele que seria substituído fui ali, o cumprimentei e segui normal, como se fosse algo normal. Mas vendo o noticiário depois, vi que estava machucado gravemente. Aí imediatamente mandei mensagem para o Thiago Galhardo, que jogou comigo no Coritiba, e ele me passou o telefone do Guerrero. Entrei em contato, nós conversamos, falei que não fazia ideia que tinha se machucado gravemente.

– Ele é uma pessoa sensacional, imediatamente me respondeu: “Luccas, fica tranquilo, isso é de jogo, é normal. Você veio na bola, não teve maldade nenhuma no lance”. Eu desejei uma boa recuperação para ele, e aproveitando aqui ao vivo, que ele tenha uma excelente recuperação. Sei que no Internacional está sendo muito bem cuidado, então desejo tudo de bom para ele, que possa voltar tão forte quanto ele é.

Confira outros trechos da coletiva:

“Decisão” contra o Figueirense

– É o jogo do ano, o mais importante. É uma eliminatória, fomos desclassificados na Sul-Americana e temos que fazer nosso melhor, impor o ritmo em casa fazer nosso jogo para passar para a próxima fase. (…) Primeiramente temos que encarar como qualquer outro jogo, buscando a vitória. Precisamos de um placar simples de 1 a 0, então vamos pensar em fazer um gol. Conquistando isso, aí sim vamos pensar no segundo para levar a classificação direta. Sabemos da dificuldade, o Figueirense tem uma equipe qualificada, tanto que venceu o primeiro jogo.

Zagueiro recebe orientações de Odair contra o Athletico-PR — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC
Zagueiro recebe orientações de Odair contra o Athletico-PR — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

O que a torcida pode esperar?

– Pode esperar um time de guerreiros, que vai lutar muito até o final. Buscar a qualquer custo a classificação, respeitando muito o Figueirense. Vai ser difícil, mas pode esperar muita luta, um bom futebol, marcar forte… Estou muito confiante que vamos conquistar nosso objetivo.

Segredo da boa fase

– Estou muito feliz com meu momento. Procuro colocar meu estilo em todas as partidas, não tento fazer nada diferente do que sempre fiz na carreira. Trabalho muito para estar sempre ajudando, mesmo quando estou fora. Para quem trabalha a colheita vem. Realmente estou em um bom momento, com a ajuda dos meus companheiros. O Fluminense começou o Brasileiro bem, mesmo na derrota para o Grêmio fizemos uma boa estreia, e mantivemos durante a competição. Temos fruros para colher.

Meta no Brasileirão

– É difícil falar de metas. São muitos jogos, é difícil prever alguma coisa. Temos que manter os pés no chão e pensar jogo a jogo, e é isso que estamos fazendo. Começamos o campeonato bem, claro que poderíamos estar melhor, sem dúvida. Mas no futebol, infelizmente, nem todo resultado acontece como gostaríamos. Mas estou feliz, sim, com o rendimento da equipe. É ter os pés no chão, focados, acredito sempre que no final do campeonato vamos estar na parte de cima da tabela.

Bola parada funcionando

– Não estamos fazendo nada de diferente, sempre trabalhamos muito mesmo essa bola parada, tanto ofensiva quanto defensiva. É difícil fazer gol de bola parada, tem uma marcação muito forte, e todas as equipes são bem treinadas para não levar esse tipo de gol. Mas o Odair sempre manteve isso nos treinos, que bom que agora voltou a dar resultado. Esperamos fazer mais gols. Equipe que faz bastante gols assim vence muitos jogos através desse fundamento.

Primeiro jogo sem ser vazado

– Nenhum dos gols que levamos foi de jogada trabalhada. É um bate-rebate, a bola sobra, foi assim contra o Grêmio. Contra o Inter também foi uma rebatida que sobrou para o atacante. Mas, como eu disse, estamos bem, firmes, consistentes. Conversamos para na parte defensiva entrar concentrado, esse é o pensamento, jogo a jogo. Um ajudando o outro, cobrindo, conversando, para no final do campeonato levar o mínimo de gols possíveis.

Vitória na grama sintética

– Sobre o campo em si, sabíamos da dificuldade. Mesmo fazendo um treino dia anterior, não é a mesma coisa, não é a mesma velocidade. Combinamos sobre entrar no jogo, sentir a temperatura de campo e estar fazendo o simples até ir pegando confiança. Acho que fizemos isso muito bem.

Disputa pela titularidade

– Difícil falar de merecimento, todos nós merecemos. Nino, Ferraz, Digão, Luan (Freitas)… Futebol é momento. Entre a nossa disputa amigável que temos, não tem melhor. Acho que o momento cabe ao Odair estar decidindo qual a melhor escolha. Estou muito feliz com meu desempenho. A equipe está me ajudando muito. E tenho que ajudar da melhor maneira, seja dentro ou fora de campo.

Jogos sem torcida

– É difícil, gostamos lai de ter o calor da torcida. Até um jogo que fiz há um bom tempo sem torcida, e se falava em ritmo de amistoso, ficava mais frio que o normal. Agora temos o Brasileiro inteiro pela frente talvez jogando dessa forma. Então nos adaptamos a estar sem torcedor, é como se tivesse torcida, porque o jogo fica muito intenso, corrido. Fizemos o gol, e logo o Athletico veio para cima, é como se tivesse algo empurrando eles. Não tem desculpa mais, estamos adaptados já, mesmo sendo ruim, a manter a concentração. O torcedor te trás para dentro do jogo com gritos, agora não tem isso.

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