Jornal Povo

Polícia abre novo inquérito para apurar suspeitas de envolvimento de mais quatro pessoas na morte do pastor Anderson

As investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo ainda não terminaram. A pedido do Ministério Público estadual (MPRJ), a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí abriu uma nova investigação para continuar apurando suspeitas de envolvimento de outras pessoas no crime e também as tentativas de assassinato anteriores sofridas pelo pastor.

Quatro pessoas são alvo desse novo inquérito: o pastor Gerson Conceição Oliveira; o motorista de Flordelis e pré-candidato a vereador Márcio da Costa, o Buba; uma das netas da deputada, Lorrane Oliveira Santos; e a empregada da casa da parlamentar.

Contra essas pessoas, o MP entendeu que não havia indícios suficientes de participação no crime para denunciá-las, mas considerou ser necessário prosseguir com as investigações.

Nesta segunda-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos quatro investigados. A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que fossem recolhidos “documentos, objetos, computadores, mídias de armazenamento de dados, telefones celulares e demais provas de interesse da investigação”.

O pastor Gerson atua no Ministério Flordelis e tem o cargo de assessor parlamentar no gabinete da deputada em Brasília. Já Márcio Buba, motorista de Flordelis, foi lançado pelo PSD como pré-candidato a vereador em São Gonçalo. Gilcineia trabalha na casa da família de Flordelis há mais de uma década. Lorrane, filha de Simone e Carlos, que estão presos, foi investigada por ter sido responsável por jogar um celular – que poderia ser de Anderson ou de Flavio dos Santos Rodrigues, seu tio – no mar.

Por enquanto, o MPRJ já apresentou denúncia contra 11 pessoas por suspeitas de envolvimento no caso. As investigações da Polícia Civil concluíram que sua viúva, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), foi a mandante do assassinato. Ela foi denunciada à Justiça por cinco crimes. Nesta segunda-feira, equipes da DH e do MPRJ prenderam sete envolvidos no assassinato, entre eles cinco filhos e uma neta de Flordelis.

A deputado, no entanto, não pôde ser presa na operação desta segunda-feira porque a Constituição lhe garante imunidade prisional. Nesta manhã, ela chorou quando a polícia chegou a sua casa, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Sua defesa afirma que ela é inocente, e chamou a investigação de contraditória e espetaculosa.

Fonte: Jornal Extra