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Ramon admite dificuldade do Vasco, mas pede calma após primeira derrota: “Temos de ter inteligência”

Foi uma entrevista coletiva diferente de Ramon Menezes. Pela primeira vez desde que assumiu o Vasco, o treinador teve de responder perguntas sobre uma derrota – ele tem oito partidas, com seis vitórias e um empate, contando ainda Carioca e Copa do Brasil. E, neste sábado, após o 2 a 1 sofrido diante do Fluminense, no Maracanã, pelo Brasileirão, o comandante vascaíno admitiu as dificuldades, especialmente na construção ofensiva, e pediu calma e inteligência para entender o momento.

O Vasco foi a campo, neste sábado, com a quinta escalação em cinco rodadas no Brasileiro. Sem Andrey e Vinícius, o time caiu de rendimento. O gol sofrido logo a três minutos tornou a tarefa ainda mais difícil. Resultado: a quarta derrota em quatro clássicos na temporada (as três primeiras com Abel Braga).

– O Brasileiro é um campeonato duro e difícil. Nas vitórias, falei que os jogos eram finas. E hoje foi mais uma, mas nós perdemos. Temos de ter inteligência e calma. Recuperar os atletas e preparar o time para o próximo hoje – disse, para completar:

– Estudamos muito o adversário, sofremos um gol muito cedo. Depois, o time conseguiu buscar o equilíbrio e criamos mais. Melhoramos o posicionamento. Tivemos dificuldade para sair jogando de trás. O Fluminense fez pressão forte do Dodi e Yuri. Equilibramos e criamos oportunidades. No segundo tempo, com as trocas, buscamos a vitória o tempo todo.

Com a derrota, o Vasco continuou com 10 pontos. É o segundo colocado, mesmo com um jogo a menos. Na quarta, na Vila Belmiro, enfrenta o Santos. Talles, expulso, será desfalque.

Confira mais repostas de Ramon

Ausência de Andrey

Não foi só a falta dele. Teve o Bruno Gomes e o Vinícius. Estudamos o adversário, tínhamos confiança em fazer um grande jogo e fizemos. Tentamos o melhor, tivemos dificuldade na saída de bola. Melhoramos.

Juninho só no segundo tempo

Ele voltou tem pouco tempo. É um grande jogador e mostrou isso. Vai nos ajudar, tem força e pode jogar em várias posições. Extremo pelo lado direito, pode ser por dentro. Terminou o jogo só como sendo de marcação.

A escolha foi pelo fato dele ter trabalhado pouco, talvez não poderia suportar os 90 minutos. Carlinhos tem trabalhado mais com a gente, vi que o Bastos poderia ser recuado e fazer a função do Andrey e do Bruno Gomes. A colocação do Carlinhos foi em cima disso. Ele foi um misto de meia e volante, para circular a bola e termos dois jogadores com bons chutes, para tirar a bola da zona de pressão.

Talles

Ele fez um excelente jogo. Fez tudo aquilo que se espera. Jogou na amplitude, foi no 1×1. Quando fez a troca com Benítez, pode dentro, foi bem. Foi premiado com um gol. É o que eu espero e a torcida. É jovem, tem de ter a cabeça no lugar. Ele tem muito talento. Vai voltar a ser o que todo mundo espera.

Eu não vi o lance ainda. Achei que o lateral tinha dado uma porrada nele. Vou ver e vamos conversar.

Reforços

A gente tem de ter calma. A sequência era de vitórias e agora veio a derrota. Perdemos a primeira, sofremos um gol de sair perdendo. O trabalho é esse. No elenco, temos jogadores que podem fazer mais de uma função. Eu estou muito satisfeito com o que temos. Não faltou atitude, garra e luta e fomos até o final tentando o empate.

Físico

O campeonato é esse. É jogo quarta e domingo. A cada jogo, o jogador pode ter uma oportunidade. A gente não conseguiu manter a mesma escalação. Todo o jogo traz lição. Se aprende. Uma delas foi que a gente nunca tinha começado perdendo o jogo. Levamos o gol aos 3 minutos. Mesmo assim, a todo o momento buscou o empate. Vou chegar em casa, ver o jogo e depois falar com os atletas.

Poupar

A pandemia nos fez viver uma situação atípica. Não mantemos a escalação. Alguns jogadores tem desgaste, o que é normal. O clube tem condição de dar o que o jogador precisa para a recuperação. Todas as competições são importantes. Eu converso com os atletas e levamos para campo quem tem condições.

Fonte: GloboEsporte