Jornal Povo

Após denúncia sobre os ‘Guardiões do Crivella’, pedido de impeachment contra o prefeito será votado nesta quinta

Três dias após o grupo “Guardiões do Crivella” vir à tona, após a denúncia do “RJTV 2” de segunda-feira, a Câmara de Vereadores votará o pedido de abertura do processo de impeachment contra Marcelo Crivella. A votação será nesta quinta-feira.

Caso seja aprovado o início do processo de impeachment, na própria quinta-feira será sorteada a comissão de três membros que analisará as provas. E Crivella continuaria no cargo até o julgamento. Ele deverá ser notificado, tendo dez dias para se defender. Depois, serão até 90 dias corridos para a sessão de votação. Se a comissão não correr com o relatório, o primeiro e o segundo turnos das eleições municipais (15 e 29 de novembro) já terão ocorrido.

Depois de um parecer favorável da procuradoria da Casa, o presidente Jorge Felippe (DEM) decidiu levar ao plenário dois pedidos apresentados que denunciam a suposta prática de crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito pela criação do grupo “Guardiões de Crivella”. Mas é preciso um quórum de 26 vereadores, e aprovação por 14 votos, para que o processo siga adiante. Além do pedido de afastamento, foi protocolada no Legislativo municipal a instalação de uma CPI para apurar as denúncias.

Procurada para explicar a atuação dos “Guardiões do Crivella”, a Prefeitura do Rio disse, por meio de nota, que “reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava. A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde”.

Ontem, a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio pediu que a promotoria Eleitoral investigue se Crivella cometeu ilícito eleitoral com a contratação dos servidores do grupo para atrapalhar a cobertura jornalística na área da Saúde.

Fonte: Jornal Extra