O Botafogo não consegue se desvencilhar da rotina sem vitórias no Brasileirão. Em casa, o time não foi além de um 0 a 0 com o Santos e segue na zona de rebaixamento. Foi o sétimo empate do time de Paulo Autuori em dez rodadas. Só o Grêmio, que também vai mal das pernas, empatou tanto.
Há quem veja o copo meio cheio: ah, o time perde pouco. Só que empate não é impulso quando se trata de pontos corridos. A única vitória foi na quarta rodada, contra o Atlético-MG, um mês atrás (sete jogos). Sem engrenar, o alvinegro é o 18º, com dez pontos.
Essa dificuldade de fazer gols e definir confrontos gera alerta não só para o andamento da Série A, mas para o jogo de volta da quarta fase da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Vasco. Pelo Brasileirão, o próximo adversário é o Atlético-GO.
O Botafogo que enfrentou o Santos veio diferente. A legítima preocupação com a parte física fez Autuori iniciar com Honda no banco. Bruno Nazário também esteve ausente, até porque reclamou de dores musculares. Houve mexidas também na lateral direita e na formação defensiva. Com o 4-4-2, Forster e Kevin ficaram no banco.
Em geral, o Santos foi melhor. A mobilidade do ataque comandado por Marinho deu trabalho ao Botafogo, que se fechou e passou sustos. Para escapar dessa armadilha, a boa fase de Matheus Babi não foi suficiente. Kalou, mais centralizado, ficou devendo em termos de mobilidade, mesmo quando recebia com certo espaço.
Se não fosse o VAR, o cenário para o Botafogo teria sido pior. Ainda no primeiro tempo, árbitro exagerou expulsou Caio Alexandre por uma chegada em Diego Pituca. Mas a intervenção da cabine o convenceu a rever a jogada e mudar a decisão, aplicando amarelo para o volante botafoguense, que foi ponto de equilíbrio no setor.
Fonte: Jornal Extra