Jornal Povo

Fluminense domina o Sport, mas não transforma chances em gol e sai derrotado

A falta de um centroavante virou um filme repetido que os tricolores não aguentam mais assistir. Mas, a cada rodada, ele se mostra mais atual. Apesar do controle total na maior parte da partida, o time de Odair Hellman sofreu com a falta de alguém para concluir. E a derrota por 1 a 0 para o Sport ao mesmo tempo que pareceu injusta mostrou-se coerente.

Não é uma derrota que preocupe para o jofo de quinta-feira, pela Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Afinal, o time terá Nenê, seu melhor finalizador na temporada. O meia foi poupado justamente para a partida contra os goianos. Além disso, os tricolores devem contar com Fred, que concluiu seu período de quarentena por ter contraído Covid-19.

O maior dano é mesmo no Brasileiro. O time desperdiçou a chance de manter sua ascensão na tabela. Em nono, segue com 14 pontos. Na próxima rodada, recebe o Coritiba, dia 28, no Maracanã.

Os números do primeiro tempo mostram o tamanho da dificuldade que o Fluminense teve para criar. A equipe de Odair Hellmann teve impressionantes 74% de posse de bola, mas apenas uma finalização. Ainda assim, trata-se de um chute de Ganso que passou longe do gol de Luan Polli.

O Sport manteve suas linhas de marcação muito baixas. Com isso, sobrou espaço para os tricolores trocarem passes. O problema é que, com a área pernambucana povoada, o Fluminense não conseguia fazer a bola chegar em quem estivesse na área. Luiz Henrique, que mais uma vez foi improvisado como centroavante, mal tocou na bola até o intervalo.

Nem sempre, no entanto, o jogo foi assim. Nos primeiros 15 minutos, o Sport teve uma proposta bem diferente. Avançou suas linhas de marcação e anulou a saída de bola tricolor. Ao explorar os lados do campo, achou suas melhores jogadas. Aos 3, Muriel conseguiu desviar uma bomba de Patric que ainda acertou o travessão. Sete minutos depois, Egídio cometeu um pênalti tolo ao fazer carga nas costas de Leandro Barcia. Hernane converteu a cobrança.

Com uma única mudança, Odair conseguiu dar mais infiltração ao seu time na etapa final. A entrada de Felippe Cardoso, deslocou Luiz Henrique para a ponta direita. Jogando pelos lados, onde se sente melhor, o atacante apareceu na partida. E o Fluminense se tornou mais perigoso.

Os tricolores passaram a não só ditar o ritmo do jogo como incomodaram o goleiro rival. Ao contrário do primeiro tempo, foram 13 finalizações, sendo cinco na direção do gol.

Só que a falta de um jogador que soubesse fazer a conclusão falou mais alto. Nos minutos finais da partida, o Fluminense tinha quatro atacantes. Foi um festival de bola passando em frente ao gol sem alguém para empurrá-la para as redes. E a derrota, ainda que injusta, acabou fazendo sentido.

Fonte: Jornal Extra