O Vasco quer muito e negocia com o Independiente a compra de Martín Benítez. Para isso, precisa pagar cerca de R$ 22,5 milhões por 60% dos direitos econômicos. A torcida vascaína nem se fala, está apaixonada. Mas e o próprio Benítez: será que ele deseja seguir em São Januário? Se havia dúvidas, estas não existem mais. Em entrevista ao ge, pela primeira vez escancarou a vontade de criar uma longa história com a Cruz de Malta no peito.
– Sei que Vasco está fazendo um esforço muito grande para que eu fique. Muito agradecido ao presidente e ao José Luis, vice-presidente que está trabalhando para que eu fique. Também quero dar tranquilidade ao torcedor porque eu vou fazer de tudo para ficar – afirmou, convicto.
E o que seria “fazer de tudo” para prolongar sua passagem pela Colina: arrebentar em campo apenas ou conversar com empresários, Vasco e o Independiente? O camisa 10 responde:
– Fazer tudo que eu digo é demonstrar em campo que eu quero ficar, creio que a única forma de falar. Falei com meu agente e com o presidente do Vasco que quero ficar. Gostaria muito de ficar aqui por muitos anos. Não falei com ninguém do Independiente, sei sim que tenho contrato (de empréstimo ao Vasco) até 31 de dezembro. Falei com meu agente que diga ao Independiente que quero ficar.
– Quero ficar muito tempo aqui. Mais pelo carinho das pessoas e pelos meus companheiros, que me ajudaram muito na minha adaptação. Gostaria muito!
Com 17 jogos e dois gols, Benítez quer fazer história no Vasco principalmente por conta do fanatismo dos vascaínos. Ele falou sobre isso, a respeito dos gols de bicicleta marcados na carreira e da oscilação da equipe no pós-pandemia. Confira tudo abaixo:
Como os argentinos se referem aos gols de bicicleta no idioma de vocês? Já tinha feito algum outro na carreira?
– A bicicleta chama media chilena. Não sei por quê (risos). No Independiente, fiz dois gols, um contra o Estudiantes e outro contra o Rosario Central.
Gol de bicicleta mais bonito é o pelo Vasco, contra o Atlético-MG
– Esse do Vasco foi muito bonito porque eu domino no peito, a bola levanta para cima e aí… Vão pensar que eu jogo futevôlei, mas eu não jogo futevôlei. Foi apenas sorte nesse gol (risos).
Comemoração em homenagem à filha, Ambar
– É a brincadeira que faço desde 2017, virou uma marca minha. É minha filha que pede. Cada vez que vou para o jogo, ele pede para fazer essa comemoração para ela. Ela tem 4 anos e acha que tenho que fazer todos os gols para ela.
Queda do Vasco após início muito bom
– Creio que foi muito importante o começo do Vasco e de todos. Acredito que temos um elenco muito curto para o futebol brasileiro e principalmente diante de tudo que está acontecendo, com jogos a cada três dias. Agora que vamos começar a Sul-Americana, vão ser a cada dois dias, e tudo vai ser mais difícil.
– Isso não acontecia há muito tempo no Brasil. Todo mundo joga de igual para igual. Os jogos são muito parelhos. São muitos jogos, e nós não temos um elenco muito grande. Outros clubes brasileiros sofrem com isso.
Jogar bem no Vasco te aproxima da Europa e da seleção argentina?
– Creio que o futebol brasileiro está muito parecido com o da Europa. O mercado do Brasil é muito distinto em relação a outros daqui da América do Sul. Sempre sonhei com a seleção argentina, e acredito que o Brasil é uma bela vitrine.
Fonte: Ge