O Conversa com Bial de segunda-feira, 19/10, recebeu o General Rêgo Barros em sua primeira entrevista após deixar o cargo de porta-voz do presidente Jair Bolsonaro. Depois de um ano e meio no governo, o cargo que ocupava foi extinto. O general estava presente desde o 14ª dia de mandato, deixando o centro de comunicação social do Exército para assumir a função.
Na conversa, ele relembra sua ideia de organizar cafés da manhã semanais com a imprensa, iniciativa que foi criticada por apoiadores do governo, entre eles Carlos Bolsonaro. O programa resgata momentos polêmicos desses encontros, como quando Bolsonaro afirmou que ninguém passava fome no Brasil e chamou governadores do Nordeste de “paraíbas”.
Barros recorda que, no princípio, Bolsonaro era pautado antes dos encontros, o que se mostrava eficaz. A situação degringolou, em sua definição, a partir do momento em que alguns posicionamentos foram “potencializados pela imprensa”.
Para explicar o posterior fracasso da estratégia, ele recorreu a uma metáfora futebolística: no vestiário, o técnico desenha setas no quadro branco, motiva e orienta os jogadores. Mas, quando o juiz apita o início da partida, a responsabilidade não é mais dele.
“Era uma oportunidade que era dada no café da manhã que parecia colocar o presidente na porta do gol, sem goleiro, na altura da pequena área. Precisava empurrar a bola para dentro.”
Fonte: G1