Ao atender a um pedido de Faués Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, a Justiça do Rio de Janeiro marcou para o dia 14 de novembro a eleição do Vasco. E, pela decisão da juíza Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª Vara Cível, a votação ocorrerá de forma online.
A decisão, em caráter liminar, foi tornada pública, na noite desta terça-feira, pouco tempo depois de um encontro entre os candidatos em São Januário. Na reunião, os postulantes ao cargo fecharam um acordo para adiar o pleito, inicialmente agendado para o próximo sábado. Agora, ao menos até eventual mudança de entendimento, o acordo perde efeito.
Mussa entrou com a ação judicial no último dia 29 de outubro. Tomou a decisão depois que Alexandre Campello, presidente da diretoria administrativa, divulgou edital convocando o pleito com votação exclusivamente presencial.
A maneira pela qual o associado vai votar gera divergência no Vasco. Antes da divulgação do edital por parte de Campello, Mussa havia se posicionado pela votação virtual. Os dois dirigentes trocam acusações desde o começo do processo. Tudo por conta de diferentes entendimentos sobre quem deve comandar o processo.
O artigo 71 do estatuto do Vasco versa sobre o caso:
“O presidente da Assembleia Geral coadjuvado pelo Presidente do Clube tomará todas as medidas para garantir a realização do Pleito, segundo as normais estabelecidas no Estatuto e garantirá que o sistema de recolhimento seja imune a fraudes”.
Confira a nota oficial de Mussa
“Vascaínos,
Ao iniciar o processo eleitoral do Club de Regatas Vasco da Gama, sempre lutei por eleições limpas. Contudo, foram inúmeras tentativas de me afastar do cargo de Presidente da Assembleia Geral do Club de Regatas Vasco da Gama, inclusive hoje, dia 03 de Novembro.
Enviei diversos ofícios ao Presidente da Diretoria Administrativa Alexandre Campello no intuito de serem tomadas todas as providências para a realização da eleição. Em nada ajudou, pelo contrário, empurrou os prazos para uma confusão que só interessava a ele.
No dia 20 de Outubro, o Presidente Campello afirmou que a decisão da eleição passava pela presidência da Assembleia Geral. No dia 23, solicitei a contratação da empresa e absolutamente nada foi feito. O Presidente Campello queria o caos. A lista de eleitores, por exemplo, com os anistiados aptos a votar não foi divulgada, contrariando uma decisão da Justiça.
Existe um prazo estatutário que obriga que as eleições aconteçam até dia 15 de Novembro.
Apesar de convocar as eleições para o dia 07, a Justiça determinou que as eleições ocorram dia 14 de Novembro, conforme o Estatuto, e também porque é necessário que o cadastramento dos sócios aptos a votar aconteça e, assim, não existam fraudes.
Forçado pela completa omissão do Presidente Alexandre Campello, não me restou alternativa senão a de convocar eleições on line, onde os sócios vascaínos, depois de se cadastrarem, poderão votar, em processo similar ao realizado na AGE que decidiu pelas eleições diretas.
Para a realização da eleição híbrida é necessário mais prazo do que a eleição apenas online. A empresa escolhida, por exemplo, precisaria montar totens de votação digital para evitar a duplicidade do voto.
Portanto, as eleições serão realizadas on line, no dia 14 de Novembro, porque, ao invés de se buscar o certo, tentaram fazer várias manobras para que as eleições não acontecessem e para manter o Presidente Alexandre Campello no cargo além do seu mandato.
Qualquer coisa no sentido contrário é desinformação.
Faues Mussa Jassus
Presidente da Assembleia Geral”
A decisão judicial
Fonte: Ge