Jornal Povo

Covid-19: ocupação chega a 97% em leitos de UTI da rede municipal; média móvel aponta estabilidade em contágio no Rio

O Estado do Rio registrou 10 mortes e 311 novos casos de coronavírus neste domingo, de acordo com a última atualização feita pelo governo estadual. Ao todo, são 326.956 infectados e 21.294 vidas perdidas pela Covid-19 desde o início da pandemia, em março. Os leitos de UTI municipais exclusivos para pacientes com o vírus continuam com ocupação alta. Neste domingo, a lotação chegou a 97%, a maior já registrada.

Com os dados deste domingo, a média móvel agora é de 55 mortes e 1.540 casos por dia. A média móvel de mortes apresenta uma queda de 8%, o que, por estar abaixo de 15%, indica um cenário de estabilidade no contágio da doença pelo segundo dia seguido.

A análise dos dados foi feita a partir do levantamento do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

Ocupação de 97%

De acordo com o boletim da prefeitura, neste domingo, há 244 pacientes internados nos 251 leitos de UTI reservados na rede municipal para casos de coronavírus: 97% de ocupação — marca mais alta desde o início da pandemia. Nas enfermarias, onde ficam casos mais leves, das 630 vagas, 251 são ocupadas por pacientes (39,8%). O município reitera, no entanto, que há oferta de vagas também na rede SUS da cidade — que inclui unidades municipais, estaduais e federais —, onde a taxa de ocupação é de 80% nas UTIs e 64% nas enfermarias.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não há fila de espera, pois há leitos para todos os pacientes neste momento inseridos no sistema de regulação, mas em toda a rede SUS da Região Metropolitana 1 — que engloba a capital e municípios da Baixada Fluminense —, 105 pessoas estão em processo de transferência para leitos de Covid-19. Deste total, 42 são para UTI.

Sobre a ocupação dos leitos de UTI na rede municipal, procurada na semana passada, a prefeitura justifica que precisou absorver mais pacientes da rede SUS, a partir do incêndio que fechou o Hospital Federal de Bonsucesso, do fechamento de hospitais do Governo do Estado, e do fechamento também dos hospitais de campanha da rede D’or. “Somente a Prefeitura do Rio manteve leitos abertos e com disponibilidade para atendimento e, por conseguinte, a taxa de ocupação nos leitos municipais aumentou”, disse em nota.

Mais internações em hospital da rede privada

Também neste fim de semana, o Hospital Unimed-Rio, que fica na Barra da Tijuca, bairro com mais casos confirmados durante a pandemia (5.043), divulgou uma nota, onde revela que há um viés de alta nas internações por Covid-19 na unidade de Saúde particular. De acordo com as informações, o hospital, que em outubro teve 60 internações por coronavírus, já teve 46 só nos 13 primeiros dias de novembro.

“Atentos a essa situação, seguimos trabalhando no redimensionamento da nossa capacidade de internação – tanto em leitos intensivos, quanto em não intensivos -, mas fazemos um alerta à população para que mantenha as medidas de prevenção, como usar máscara em todos os ambientes, evitar aglomerações e higienizar constantemente as mãos”, diz a empresa.

Esta semana, O GLOBO mostrou que a Associação de Hospitais do Estado do RJ acredita que houve um aumento de cerca de 40% na procura de pacientes com suspeita de Covid-19 nas unidades privadas.

Os municípios com mais mortes pela Covid-19 no RJ são:

  • Rio de Janeiro – 12.510
  • Duque de Caxias – 804
  • São Gonçalo – 801
  • Nova Iguaçu – 713
  • Niterói – 538
  • São João de Meriti – 506
  • Campos dos Goytacazes – 451
  • Belford Roxo – 335
  • Petrópolis – 275
  • Magé – 262

As cidades com mais casos registrados desde março no RJ são:

  • Rio de Janeiro – 126.691
  • Niterói – 17.046
  • São Gonçalo – 15.304
  • Belford Roxo – 11.252
  • Duque de Caxias – 11.176
  • Macaé – 10.034
  • Campos dos Goytacazes – 8.600
  • Teresópolis – 8.180
  • Nova Iguaçu – 8.116
  • Volta Redonda – 7.941