Exatos 420 dias após seu último jogo no Beira-Rio, Odair Hellmann voltará ao estádio neste domingo, às 18h15 (de Brasília), desta vez pelo Fluminense, para enfrentar, pela primeira vez como técnico, o Internacional, clube que o revelou não só como jogador, mas também como treinador.
O reencontro com o Colorado poderia ter ocorrido já no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, mas foi adiado após Odair ser barrado com suspeita de Covid-19 nos portões do Maracanã. Na ocasião, o time foi comandado pelo seu auxiliar, Maurício Dulac. E a oportunidade, enfim, chegou neste domingo, em partida válida pela 22ª rodada.
Curiosamente, foi também em uma 22ª rodada, do Brasileiro de 2019, sua última partida no Beira-Rio: empate do Inter em 1 a 1 com o Palmeiras. Odair ainda comandou a equipe colorada contra Cruzeiro e CSA, mas como visitante, e acabou sendo demitido no dia 10 de outubro.
Apesar da interrupção da história no Inter no meio do campeonato, Odair guarda boas recordações do Beira-Rio: como treinador efetivo do clube gaúcho, disputou 56 jogos no estádio, venceu 41, empatou 10 e perdeu apenas cinco, somando 79,1% de aproveitamento.
Aproveitamento de Odair no Beira-Rio
Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aproveitamento | Gols a favor | Gols contra | |
2018 | 27 | 21 | 4 | 2 | 82,7% | 50 | 14 |
2019 | 29 | 20 | 6 | 3 | 75,8% | 48 | 19 |
Total | 56 | 41 | 10 | 5 | 79,1% | 98 | 33 |
Ao todo, Odair comandou o Internacional em 116 jogos, com 60,3% de aproveitamento (61 vitórias, 27 empates e 28 derrotas). Até o momento, pelo Fluminense, são 45 partidas (21 vitórias, 10 empates e 14 derrotas), aproveitamento de 54%.
Fluminense enfrenta jejum no Beira-Rio
Se o Beira-Rio traz boas memórias para Odair, as lembranças mais recentes para o Fluminense não são das melhores. A última vitória tricolor no estádio aconteceu em 9 de setembro de 2012 e foi definida por Fred, autor do único gol da partida. Desta vez, em razão de uma entorse no tornozelo direito, o camisa 9 não viajará para Porto Alegre.
Na época, coincidentemente, o Fluminense era comandado por Abel Braga, atual treinador do Inter, mas que também não estará no estádio neste domingo, pois testou positivo para o novo coronavírus.
De lá para cá, o Flu visitou o Inter no Beira-Rio em seis oportunidades: perdeu cinco e empatou uma. Além disso, em outubro de 2013, as equipes se enfrentaram no estádio Centenário, em Caxias do Sul, mas a vitória também foi colorada (1 a 0).
Já com o mando tricolor, no mesmo período, os times se encontraram sete vezes, com duas vitórias do Fluminense (sendo nos últimos dois jogos), três empates e duas vitórias do Internacional.
Em 2016, ainda tiveram duas partidas fora dos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul: vitória do Inter por 1 a 0, em Fort Lauderdale (EUA), pela Florida Cup; e vitória nos pênaltis do Flu, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela Primeira Liga.
Agora, para encerrar esse jejum tricolor de mais de oito anos, Odair tentará usar seu histórico pessoal favorável dentro do Beira-Rio e melhorar seu aproveitamento fora de casa pelo Fluminense. Até aqui, pelo Tricolor, disputou 29 jogos como visitante, venceu oito, empatou quatro e perdeu oito, conquistando 46,7% dos pontos que disputou.
Para o confronto, no entanto, a equipe está cheia de desfalques: além de Fred e Igor Julião, com desconforto muscular, e Dodi, afastado em definitivo, Egídio, Fernando Pacheco, Michel Araújo e Nino estão fora de combate por conta de Covid-19. Por outro lado, Yago, recuperado do novo coronavírus, voltou a ser relacionado. Os jovens Martinelli e Guilherme também aparecem na lista de Odair.
O provável Flu, até aqui, conta com: Muriel, Calegari, Luccas Claro, Digão e Danilo Barcelos; Yuri, Hudson, Yago e Nenê; Wellington Silva (Luiz Henrique), Felippe Cardoso (Lucca ou Marcos Paulo).
Com 32 pontos, o Fluminense é o oitavo colocado do Brasileirão. Após duas derrotas seguidas, se vencer, pode dar um salto na tabela, já que o Palmeiras, quinto colocado, acumula 34. O Internacional, atual vice-líder, está empatado em pontos com São Paulo e Flamengo. Cada um soma 36, dois a menos do que o Atlético-MG.
Fonte: Ge