Os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 que tiverem o diagnóstico confirmado de Covid-19 poderão remarcar a data da prova, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Além disso, o Inep também prevê 50% de ocupação das salas para evitar a propagação do coronavírus, e salas especiais para os grupos de risco.
O uso de máscara será obrigatório, desde o início até o fim da aplicação do exame. Caso se recuse, o candidato poderá ser eliminado. O Inep informa que irá disponibilizar álcool em gel nos locais de provas.
Previsto originalmente para novembro, o exame foi adiado devido à pandemia, e vai ocorrer em 17 e 24 de janeiro (prova impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (prova digital).
Com a aceleração do número de casos, há uma preocupação de que a pandemia não terá diminuído quando o Enem for realizado, pouco mais de duas semanas após as festas de fim de ano.
Enem para quem tiver Covid
Segundo o Inep, os candidatos diagnosticados com Covid deverão anexar o laudo médico informando a condição de saúde na Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/).
O documento deverá conter:
- nome completo do participante;
- o diagnóstico com a descrição do caso;
- o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10);
- assinatura e identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento.
Caso o diagnóstico ocorra “no dia da aplicação do Enem”, diz o Inep, o candidato também deverá ligar para a Central de Atendimento do Inep no número 0800-616161 e comunicar a situação. A aprovação ou a reprovação do pedido será divulgada na Página do Participante.
Caso a documentação seja aceita, o candidato deverá refazer a prova nos dias 23 e 24 de fevereiro, mesma data do Enem para pessoas privadas de liberdade.
O Jornal Povo questionou o Inep sobre o que deverá ocorrer caso o candidato tenha sintomas na data da reaplicação da prova, mas ainda não obteve retorno.
Além da Covid, o Inep esclarece que candidatos com outras doenças infectocontagiosas também deverão comunicar seus quadros de saúde. Entre elas, estão: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, e varicela.
Enem com mais locais de prova
Segundo o Inep, a estimativa é ampliar em 40% o número de salas de aplicação de provas e dos locais de exame.
Em 2019, foram 10 mil locais de prova e 145 mil salas. No Enem 2020, serão 14 mil locais de prova e 205 mil salas.
Ao todo, 5.783.357 candidatos estão confirmados – o número é 13,5% maior do que a edição anterior, que teve o menor número de candidatos em toda a história.
Enem para quem é do grupo de risco
Candidatos do grupo de risco da Covid-19 podem solicitar atendimento especial na aplicação da prova. Eles terão a possibilidade fazer a prova em salas com número reduzido de alunos que, segundo o Inep, terá no máximo 12 pessoas por sala.
São considerados grupos de risco “gestantes, lactantes, idosos e pessoas com condições médicas preexistentes, como cardiopatias, doenças pulmonares crônicas, diabetes, obesidade mórbida, hipertensão, doenças imunossupressoras e oncológicas”, informa o Inep.
Para os idosos, que também são do grupo de risco, não há necessidade de procurar a central. Pela data de nascimento informada na inscrição, o Inep já agrupará os candidatos com mais de 60 anos em salas separadas.
Fonte: G1