Jornal Povo

Funcionários das viações Redentor e Futuro fazem paralisação

Rio – Cerca de 2,5 mil funcionários das viações Redentor e Futuro, que fazem parte do Consórcio Transcarioca, fazem uma paralisação desde a 0h deste domingo. Eles reclamam da decisão das empresas de parcelar o 13º salário deste ano em oito vezes. A medida teria sido anunciada na sexta-feira e pego os empregados de surpresa.

O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb-Rio)José Carlos Sacramento afirma que os funcionários e as empresas firmaram um acordo que estabeleceu que o 13º seria seja pago em duas vezes (50% em novembro e 50% no dia 20 de dezembro). 

“Sabemos do momento delicado pelo qual as empresas estão passando, mas a categoria não pode sofrer as consequências pela falta de competência da administração”, enfatizou José Carlos, dizendo que, por volta 8h, representantes do sindicato estavam nas empresas “para uma solução rápida da situação”.

Movimento começou ainda de madrugada - Reprodução / Internet
Foto: Reprodução

O movimento dos funcionários acontece nas garagens das empresas, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A orientação é que nenhum rodoviário deixe os locais neste domingo de eleições.

Os veículos da Redentor e da Futuro circulam principalmente da Zona Oeste com ônibus convencionais, além de articulados do BRT. Apesar de fazer parte do Grupo Redentor, a Transportes Barra está operando normalmente.  

POLÍCIA FEDERAL ACIONADA

Por causa do movimento dos rodoviários, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) acionou a Polícia Federal. Para o TRE-RJ, a paralisação é ilegal e representa grave impedimento e embaraço às eleições.

“As lideranças do movimento serão responsabilizadas na forma da lei penal. A expectativa do Tribunal é que o funcionamento regular das linhas operadas pelas empresas de ônibus seja normalizado rapidamente”, o TRE-RJ enfatizou, em nota.

CONSÓRCIO TRANSCARIOCA

O Consórcio Transcarioca alegou que as empresas vinham negociando o parcelamento do 13º salário, com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e foram surpreendidas com a paralisação deste domingo. 

“A dificuldade das empresas de ônibus vem sendo anunciada publicamente há tempos, sendo consequência da mais grave crise já enfrentada pelo setor no município do Rio.

O congelamento da tarifa há quase dois anos e a concessão de gratuidades sem fonte de custeio são algumas das causas do colapso econômico-financeiro que vem atingindo as empresas que circulam na capital, impactadas por uma brutal queda de receita que foi agravada pelas medidas implementadas de combate à covid-19.

O Consórcio Transcarioca reitera seu respeito pelos rodoviários, mas faz um apelo aos profissionais para que as negociações sejam retomadas imediatamente e possam evitar que a paralisação neste domingo prejudique milhares de usuários eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto”, acrescentou, em nota.

Fonte: O Dia