Jornal Povo

Quase 500 pacientes com Covid-19 ou com sintomas da doença estão na fila por um leito no RJ

Quase 500 pessoas com Covid-19 ou com suspeita da doença estão na fila por um leito no estado do Rio. Ao todo, 485 pessoas estão cadastradas no Sistema Estadual de Regulação, e metade dos pacientes aguarda um leito de UTI.

Os hospitais estão lotados. O estado e a prefeitura prometeram abrir novos leitos de Covid-19, mas em 22 dias, a rede estadual abriu só uma vaga.

Na rede estadual de saúde, 76% das vagas de UTI estão ocupadas. Já nas enfermarias, a taxa de ocupação é de 67%.

Na capital, 91% dos leitos de UTI estão ocupados e nas enfermarias, 87%.

Dados do Censo Hospitalar indicam quantos leitos estão bloqueados na rede SUS. Os bloqueios acontecem por diversos motivos, entre eles, falta de profissionais para atender a população.

Leitos bloqueados:

  • Hospital Estadual Anchieta – 51
  • Hospital São Francisco da Providência – 78
  • Hospital do Fundão – 48
  • Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz – 34
  • Hospital Ronaldo Gazzola – 47

Na Coordenação de Emergência Regional (CER) do Leblon, na Zona Sul da cidade, não havia disponibilidade para internação por Covid na manhã desta quarta-feira (9).

Alguns pacientes eram atendidos em poltronas e cadeiras.

“Hoje estamos aqui no CER Leblon com mais de50 leitos ocupados de CTI, pacientes numa sala que não caberia 10, amontoados em 18, 19, 20”, falou um paciente sobre a situação.

Sem leitos, pacientes são atendidos em poltronas e cadeiras no CER Leblon — Foto: Reprodução/TV Globo
Sem leitos, pacientes são atendidos em poltronas e cadeiras no CER Leblon — Foto: Reprodução

O que dizem prefeitura, estado e governo federal

Procurada, a Prefeitura do Rio disse que 220 novos leitos serão abertos nos próximos dias, tanto no Hospital de Campanha quanto no Hospital Ronaldo Gazolla.

Já o governo do RJ informou que 130 leitos serão abertos até o dia 18 de dezembro.

O governo federal, que é responsável pelos hospitais federais no Rio, disse que reconhece o problema e que o bloqueio de leitos acontece por falta de médicos. O órgão informou ainda que estuda a contratação de mais profissionais ainda este ano.

Fonte: G1