Jornal Povo

Corpo de bebê morto em desabamento em São Gonçalo será enterrado nesta sexta

O corpo do bebê Enzo Gabriel, de um ano e sete meses, que morreu no desabamento de casas no Morro do Feijão, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, será enterrado nesta sexta-feira (11). Os pais e a irmã de Enzo foram resgatados com vida.

Quatro casas desabaram e outras nove foram interditadas depois da forte chuva que atingiu a cidade. O temporal atingiu o município na madrugada de quinta (10), e várias ruas permaneciam alagadas pela manhã.

Em uma das casas, os moradores abriram buracos na fachada para que a água escoasse. Os moradores contaram que havia muito lixo nas encostas.

“Estava chovendo muito. Nesta madrugada choveu demais. Só que dentro de casa só escutamos um estalo vindo ali de cima. Minha filha tentou levantar da cama, mas não deu tempo, pois caiu tudo por cima da gente. A única forma que eu tive para salvá-los foi me jogar contra a parede da casa, que foi onde eu fiquei soterrado. Mas, aos poucos, com a ajuda do meu padrasto e do meu primo, fomos tirando uma pedra daqui e outra dali. Eu consegui tirar a minha neta que estava desmaiada mas, graças a Deus, ela está bem. Ao mesmo tempo tirei a minha filha. Mas o meu netinho veio à óbito” contou José Augusto Souza, avô do Enzo.

Bebê de um ano morreu soterrado após deslizamento de terra no Morro do Feijão, em São Gonçalo, na madrugada desta quinta-feira (10) — Foto: Reprodução / TV Globo
Bebê de um ano morreu soterrado após deslizamento de terra no Morro do Feijão, em São Gonçalo, na madrugada desta quinta-feira (10) — Foto: Reprodução / TV Globo

Sirene

A Defesa Civil de São Gonçalo informou que o município possui 25 sirenes, mas nenhuma foi acionada durante a chuva forte. Apenas 8 delas possuem pluviômetro, que é o equipamento que mede a quantidade de chuva.

Segundo o órgão, o protocolo é o acionamento a partir de 50 mm de chuva por hora. Como o volume de chuva não foi atingido, a Defesa Civil julgou que não havia necessidade de acionamento.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Gonçalo informou que as casas do Morro do Feijão são construções irregulares e que a prefeitura da cidade tenta resolver o problema há 12 anos.

O poder municipal informa ainda que assistentes sociais estiveram na comunidade para alertar os moradores e para fazer um cadastro para que fossem levados para um abrigo. A maioria preferiu ir para a casa de parentes.

Fonte: G1