Jornal Povo

Paes reafirma que Rio vai aderir ao Plano Nacional de Imunização contra Covid do Ministério da Saúde

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), anunciou nesta segunda-feira (21) que a capital fluminense irá seguir o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, que ainda não tem data definida para começar.

“Eu assino aqui com a presidente da Fiocruz uma carta de entendimento na linha daquilo que eu venho dizendo desde o início, após a minha eleição, que a prefeitura vai seguir o Plano Nacional de Imunização. Eu vim aqui me atualizar. As respostas que eu tenho da Fiocruz são muito positivas das possibilidades que nós temos ao início desse processo de vacinação em breve”, disse Paes.

O anúncio foi feito após Paes se reunir com a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade. O encontro aconteceu na residência oficial da instituição, em Manguinhos, Zona Norte do Rio, e contou com a participação do futuro secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

No domingo (20), o prefeito eleito já havia anunciado em suas redes sociais que assinou um termo de cooperação com o Instituto Butantan para aquisição da vacina CoronaVac.

Até aquele dia, a capital fluminense já registrava 14.293 mortes e 156.389 casos confirmados de Covid-19.

Paes disse ainda que ele e a presidente da Fiocruz não cometerão a “irresponsabilidade” de sugerir uma data e quantidade de doses para o início da vacinação. Questionado, ponderou, no entanto, que o Rio poderá se antecipar em relação ao resto do país caso haja oportunidade.

“Só pra esclarecer, o Plano Nacional é a nossa prioridade. Mas eu vou estar atento a outras frentes”.

Vacina de Oxford produzida pela Fiocruz

Paes enfatizou que a Fiocruz é a maior instituição de pesquisa na área da saúde do país e o maior produtor vacinas da América Latina. Ele disse que saiu da reunião confiante no plano nacional.

“Eu tenho certeza que a gente vai virar o ano com boas notícias, que não serão dadas por mim. Vai ter um esforço da Fiocruz, das autoridades de saúde do governo federal de disponibilizar isso o mais rápido possível”.

A presidente da Fiocruz destacou que a instituição está produzindo a vacina de Oxford, ” que será também a vacina Fiocruz para a Covid-19″, e dando apoio à pesquisa clínica de outras vacinas, incluindo a do Instituto Butantã, de São Paulo, e da Jansen.

“As vacinas que o Programa Nacional de Imunização, a partir do registro da nossa autoridade sanitária, a Anvisa, registrar nós estaremos apoiando como tem que ser. E estamos com uma linha muito importante que é a de ter a produção totalmente nacional da vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. Esse é o caminho da Fiocruz”, esclareceu Nívia.

CoronaVac

A vacina é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O item está na terceira fase de testes e sua eficácia precisa ser comprovada antes da liberação pela Anvisa.

No começo do mês, o governo paulista recebeu 600 litros de matéria-prima, carga de insumos para produzir até 1 milhão de doses da vacina.

O termo de cooperação foi anunciado através de uma parceria com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Fonte: G1