RIO — Com a prisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), o presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), assumirá interinamente a prefeitura do Rio. Fernando Mac Dowell, que era o vice-prefeito, morreu em maio de 2018.
O vereador Jorge Felippe está em seu sétimo mandato na Câmara do Rio e é presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pela oitava vez consecutiva.
Em nota, Felippe infomou que já está a caminho da prefeitura para assumir o cargo e manifestou que “gostaria de tranquilizar os moradores do Rio de Janeiro garantindo que a cidade não ficará sem comando nestes últimos dias da atual gestão”.
“Já estou me encaminhando para a prefeitura onde vou tomar as rédeas da situação cumprindo o que determina a nossa Constituição. Como prefeito em exercício, vou orientar a todos os secretários municipais e dirigentes de empresas e órgãos para que mantenham a máquina pública a pleno vapor. Vamos trabalhar com afinco e dedicação até o último dia. Já conversei também com o prefeito eleito Eduardo Paes. A transição vai continuar e vamos fornecer todas as informações necessárias para a nova equipe. Vamos garantir o pleno funcionamento dos serviços municipais até o dia 1º de janeiro. O Rio de Janeiro tem prefeito”, diz o comunicado.
O próximo na linha sucessória da Prefeitura do Rio seria o vice-prefeito, Mac Dowell, eleito na chapa de Crivella em 2016. Ele faleceu aos 72 anos, devido a complicações decorrentes de um infarto agudo do miocárdio. Ele dera entrada na unidade no dia 13 de maio de 2018 e chegou a passar por uma angioplastia coronariana de emergência, mas não resistiu.
‘QG da propina’
Crivella foi preso a três dias do Natal e a nove do fim de seu mandato. O político era investigado em um inquérito que ficou conhecido como o“ QG da Propina” — um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura.
Revelada com exclusividade pelo GLOBO em dezembro, a investigação “QG da Propina” teve como alvo o governo Crivella e está baseada na colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela operação Câmbio, Desligo no ano passado.
Na delação, homologada pelo Tribunal de Justiça do Rio, Mizrahy se referiu a um “QG da propina” dentro da Riotur e apontou Rafael Alves, homem de confiança do prefeito, como operador do suposto esquema.
Fonte: O Globo