Parlamentar havia indicado que daria andamento a pedidos de impedimento de Bolsonaro em resposta à articulação do Planalto para atrair o DEM para o bloco de Arthur Lira (PP-AL), candidato do governo à presidência da Câmara. Eleição é nesta segunda.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao blog nesta segunda-feira (1º) que não vai dar andamento a nenhum dos mais de 60 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
“Não vou deferir impeachment”, disse Maia.
Maia deixa nesta segunda a presidência da Câmara, cargo que lhe dá a prerrogativa de dar andamento ao impeachment do presidente.
Maia (à esquerda) durante anúncio de apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara — Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
No domingo (31), em reunião tensa com representantes do DEM e da esquerda, Maia acenou com a possibilidade de dar andamento a um desses pedidos.
A ameaça foi feita em resposta à debandada de integrantes do DEM, partido de Maia, para a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) – candidato do Planalto – na disputa pela presidência da Câmara, que ocorre nesta segunda.
Segundo relatos de presentes, ACM Neto, presidente do DEM, informou a Maia e aos demais que 16 deputados do partido haviam decidido votar em Lira, deixando o candidato do atual presidente da Casa, Baleia Rossi (MDB-SP), com apenas 15 deputados da sigla – um tiro de misericórdia na candidatura do emedebista.
Na manhã desta segunda-feira (1º), Lira chegou a incluir em sua agenda um ato de adesão formal do DEM à sua candidatura. O encontro, porém, não foi realizado após um veto de ACM Neto. A candidatura do parlamentar, entretanto, continua a contar com cerca de metade dos votos do DEM.