Não há dúvidas de que a cerveja é uma das bebidas mais antigas da civilização e uma descoberta recente, revelada no último sábado (13), dá mais uma demonstração de que a bebida fazia sucesso há pelo menos 5 mil anos.
Segundo comunicado do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, pesquisadores locais e norte-americanos descobriram o que seriam ruínas da cervejaria mais antiga do mundo, na cidade de Abidos.
A missão, liderada pelo Dr. Matthew Adams, da New York University, e pela Dra. Deborah Fishak da Universidade de Princeton University, foi focada ao norte da cidade, em Sohag. De acordo com o Dr. Mostafa Waziry, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a fábrica pertenceria ao período do Rei Narmer (entre 3273 – 2987 antes de Cristo).
O tal “pub do Egito Antigo” está dividido em oito grandes seções de 20 metros de comprimento, por 2,5 metros de largura e 0,4 metros de profundidade e cada um deles guarda 40 recipientes com resíduos da mistura de grãos e água (na época, essa era a base da bebida).
De acordo com Adams, a cervejaria tinha capacidade de produzir 22.400 litros de cerveja e teria sido construída especificamente para abastecer os rituais reais dentro dos cômodos funerários do Rei do Egito — sim, há evidências de que a cerveja era a bebida oficial das cerimônias para os mortos da época.
Mas não tão rápido… por que o título está entre aspas?
Não é a primeira vez que cientistas cravam a descoberta da cervejaria mais antiga do mundo. Em 2018, uma equipe de Stanford anunciou a mesma informação com uma diferença grande — a cervejaria descoberta em Haifa, Israel, seria datada de 13 mil anos! Outra diferença: a produção era usada para festas — de vivos mesmo.
Assim como uma descoberta na China, revelada em 2016, também com cerca de 5 mil anos.
Desta vez, os egípcios alegam terem descoberto a mais antiga cervejaria “de grande produção”.